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A Biblioteca da Daniela

A Biblioteca da Daniela

Está na altura de falar um pouco sobre a minha viagem por Lisboa! É uma cidade culturalmente fantástica e que tem muita vida. Senti-me muito bem lá e mal posso esperar por ver novamente esta magnífica capital.

Enquanto estive lá, vi museus, monumentos e, claro, sítios relacionados com a literatura. Um deles foi a Casa Fernando Pessoa.


Prefiro publicar uma imagem na página de Facebook.

A Casa Fernando Pessoa situa-se na Rua Coelho da Rocha e foi onde o poeta modernista português viveu os seus últimos quinze anos de vida. Lá, há várias divisões apropriadas para os visitantes. Há a sala multimédia, a reconstituição do quarto de Fernando Pessoa,  uma exposição intitulada "Nós, os de Orpheu", o auditório, a biblioteca e, no exterior, a cafetaria/ restaurante. Quando fui lá, vi a sala multimédia, conhecida por "Sonhatório", a exposição, a recriação do quarto e a biblioteca. No fim, comprei algumas lembranças na loja que se encontra logo à entrada.


A primeira divisão que eu visitei foi o "Sonhatório", que contém muitos ecrãs recheados de informações acerca da vida de Pessoa e dos seus familiares. Também podemos ver os objetos pessoais, como os óculos, documentos, fotografias, entre outros. Havia, ainda, vídeos de pessoas a recitarem poemas. Adorei ver os seus objetos pessoais, bem como a fotobiografia do autor. Foi muito bom ver, por exemplo, as suas anotações e o tipo de livros que Pessoa possuía. Além disso, tive acesso a muita informação biográfica que desconhecia. É, então, uma divisão obrigatória para os amantes do poeta modernista.


Objetos pessoais de Fernando Pessoa.

Depois, vi a reconstituição de um dos quartos do apartamento da família do poeta. Aí, podemos ver móveis originais de Pessoa, como a famosa cómoda, onde ele criou os heterónimos, uma máquina de escrever, um retrato a óleo que foi elaborado quando tinha 24 anos e documentos relacionados com a sua educação.


Parte da reconstituição do quarto de Fernando Pessoa. E aí está a famosa cómoda.



Ao sair do quarto, fui para o varandim, onde havia mais documentos relacionados com a vida de Pessoa. Daí, podemos ver o retrato pintado por Almada Negreiros, em 1954, em homenagem ao amigo. É olhando para baixo que podemos ver a exposição "Nós, os de Orpheu".


Retrato da autoria do pintor modernista português Almada Negreiros e parte da exposição "Nós, os de Orpheu".

Antes de ver a exposição, dei uma vista de olhos pela biblioteca pública que a Casa tem. É a única do país especializada em poesia e está cheia de livros de poesia mundial, havendo, ainda, traduções da obra pessoana.


Estava a folhear um livro que continha cartas partilhadas entre Fernando Pessoa e Ophélia Queiroz, namorada do poeta.



Já perto do fim, vi a exposição "Nós, os de Orpheu", que contém informação sobre os poetas que se dedicaram à criação da revista Orpheu. Há apresentações biobibliográficas e expõe-se como foi que estes artistas ajudaram na elaboração da revista que viria a causar um grande reboliço no meio literário português dos inícios do século XX. É, de facto, necessário lembrar que o Modernismo literário português não foi somente marcado por Fernando Pessoa. Há outro grandes nomes, como Mário de Sá-Carneiro, José de Almada-Negreiros (ele não foi apenas pintor), entre outros, havendo participação de pintores portugueses (Santa-Rita Pintor e Amadeo de Souza-Cardoso) e de poetas brasileiros (Ronald de Carvalho, por exemplo).


A Revista Orpheu só teve dois números, embora já houvesse planos para organizar um terceiro.

Antes de abandonar esta linda Casa, estive algum tempo na loja a ver o que poderia levar para casa como recordação. Comprei marcadores e O Mendigo, um livro que reúne contos de Fernando Pessoa.



A Casa Fernando Pessoa é uma paragem obrigatório para qualquer aluno de Literatura que visite Lisboa ou que vive lá. É, também, ideal para quem simplesmente goste do autor e queira saber mais acerca da mente brilhante que foi capaz de criar heterónimos igualmente fascinantes.


E vocês? Já visitaram a Casa Fernando Pessoa?









Neste segundo volume da trilogia Endgame, são narrados os acontecimentos que ocorreram imediatamente depois de um dos Jogadores ter alcançado a Chave da Terra. Agora, com apenas 9 Jogadores vivos, todos começam a lutar por motivos diferentes e com meios diferentes. O que importa é encontrar a Chave do Céu, que, talvez, seja capaz de mudar o rumo do Jogo criado pelos keplers. No seguimento do Jogo, há cada vez mais dúvidas, mas, também, mais esperança. Afinal, talvez seja possível parar o Jogo e, por sua vez, evitar o fim da Humanidade tal como a conhecemos.
 
 
Para quem não leu a minha opinião sobre Endgame- A Chamada, posso dizer-vos que adorei o primeiro livro!  De facto, dei 5 estrelas pela escrita simples, que tornou a leitura viciante, e pelo enredo estrondoso e repleto de ação. Quanto a este segundo livro, não o achei tão empolgante quanto o primeiro.
 
Neste segundo livro, a escrita simples mantém-se, mas eu não fiquei viciada na leitura. Algumas descrições de cenas de ação eram um pouco confusas ou tinham demasiados detalhes desnecessários para a história. No entanto, ainda há frases curtas e diretas. Quando se muda de capítulo, muda-se de perspetivas e, quando isso acontecia, a escrita adaptava-se à personalidade da personagem em questão, revelando a grande maleabilidade dos autores.
 
O enredo é mais complexo, pois o Jogo complica-se e há apenas 9 Jogadores, uns sedentos por sangue, outros em desespero e outros a lutarem pelo bem. Além disso, há entidades governamentais que acabam por se envolverem no Jogo e o mundo inteiro passa a saber da existência do Endgame. Há, ainda, uma grande exploração quanto ao lado humano de cada Jogador e ao estado psicológico deles, tornando a leitura muito interessante sob um ponto de vista moral. Ainda assim, o enredo só conseguiu cativar-me a partir da segunda metade do livro, quando os Jogadores estavam a aproximar-se da Chave do Céu. Até então, só temos o reforço das capacidades quase sobrenaturais das personagens e o aparecimento de outros ramos narrativos que, praticamente, caíram de paraquedas. Parece que serviram para "encher chouriços" ou, então, eram como explicações demasiado rápidas para certos momentos da ação. Por exemplo, de repente aparece um deus maligno que um dos Jogadores tinha mesmo que destruir, embora isso nunca tivesse sido mencionado no primeiro livro. O deus nem sequer estava associado ao Jogo, mas sim à cultura desse Jogador. Ainda assim, foi algo muito rebuscado e que surgiu do nada. Apesar disso, a história continua a ser entusiasmante e original.
 
As personagens continuam a ser o ponto forte desta trilogia e gostei da maior exposição relativamente ao estado psicológico e emocional de cada uma. Temos os psicopatas e temos os que ainda não têm o seu lado humano totalmente destruído. Foi muito bem feita a distinção entre ser-se Jogador e ser-se humano. No primeiro livro, os autores deram mais atenção às personagens como Jogadores, adolescentes com sangue frio capazes de matar qualquer um que os impedisse de alcançar os seus objetivos. Neste livro, os pensamentos das personagens revelam-nos que eles não são soldados sem coração, mas antes jovens que foram ensinados a combater e a lutar até à morte, embora isso os afetasse profundamente (pelo menos, alguns deles). Uma das minhas personagens preferidas é o Jogador chinês, An Liu, e ele é um grande psicopata, mas continua a ser uma personagem fascinante. É muito interessante ver como um jovem psicopata, nestas circunstâncias, funciona.
 
Concluindo, Endgame- A Chave do Céu tem uma linha narrativa mais complexa e personagens mais reais, cheia de revelações surpreendentes e com episódios de ação muito cinematográficos. Pode não ter captado tanto a minha atenção quanto o primeiro livro, mas, como segundo livro de uma trilogia, é muito bom.
 
 
Classificação: 4/5 estrelas.
 
 
 
Está prestes a acabar a primeira metade de agosto e ainda não publiquei certos artigos que quero muito partilhar convosco. Mas, antes de os publicar, gostaria de falar das minhas mais recentes compras literárias.
 
A primeira aquisição literária deste mês foi Gabriela, Cravo e Canela, do autor brasileiro Jorge Amado. Comprei este livro no dia em que o escritor faria 105 anos, ou seja, no dia 10. Porquê este livro? Porque é um dos romances mais aclamados de Jorge Amado e lembro-me de a SIC ter passado uma adaptação televisiva brasileira há uns anos atrás e as pessoas gostavam muito da história. Além disso, até agora, só li um ou dois livros de autores brasileiros e gostaria de ler mais.
 
 
 
 
Sinopse retirada do site da Bertrand:
Plano Nacional de Leitura Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.

Gabriela, a mulata com a cor da canela e o cheiro do cravo, ficará na literatura como uma formosa figura de mulher, simples e espontânea, acima do Bem e do Mal. Com o seu inigualável lirismo e inspiração poética, Jorge Amado cria personagens inesquecíveis, e o comovente romance de amor do árabe Nacib e da mulata Gabriela coloca-os, sem dúvida, na galeria dos amantes da História da Literatura. Mas Gabriela, Cravo e Canela é mais do que a história de amor do árabe Nacib e da sertaneja Gabriela. É a crónica de uma pequena cidade baiana, Ilhéus, quando passava por bruscas transformações, por volta do ano de 1925. A riqueza trazida pelo cacau possibilitara o desenvolvimento urbanístico e o progresso económico, transformando profundamente a fisionomia da cidade. Pouco evoluíam, no entanto, os costumes dos habitantes, imperando, naquele cenário de violência, a lei dos mais fortes - os fazendeiros - que tendo a seu trabalho os jagunços, impunham o domínio do ódio e do terror. Sensual e inocente, sábia e pueril, a cozinheira Gabriela conquista não apenas o coração de Nacib e de uma porção de ilheenses, mas também o de leitores de vários países e gerações. Levada para a televisão, a sua história transformou-se numa das telenovelas brasileiras de maior sucesso pelo mundo fora. No cinema, o papel de Nacib é vivido por Marcello Mastroianni, e o de Gabriela por Sônia Braga, como já acontecera na novela.
 
 
 
 
Na sexta-feira passada, depois de ter lido opiniões e de ter falado com umas raparigas que conheci através da comunidade literária no Instagram, decidi comprar A Ilha das Quatro Estações, da escritora portuguesa Marta Coelho. É um romance que se insere na categoria dos jovens-adultos, o que não tem sido muito recorrente no mercado português por parte dos autores nacionais. Envolve mistério e segredos entre um grupo de jovens que foram para uma ilha onde não se pode usar tecnologia. 
 
 
 
Sinopse retirada do site da Bertrand:
 
Onde todos os sonhos são possíveis.

Este é o livro com que todos os jovens se conseguem identificar, uma história atual e relevante sobre os receios, as paixões, as fragilidades e a força de quatro jovens à procura de um novo rumo.

Cat sentia-se sem rumo e não queria ver ninguém.
Tiago só desejava poder voltar a viver como antes.
Misha isolara-se do mundo à sua volta.
Rute precisava de vencer uma batalha muito dolorosa.

Os seus caminhos cruzam-se na ilha e, juntos, preparam-se para enfrentar os seus demónios pessoais. Mas há quem tenha outros planos para eles…

Será que a tua vida pode mudar quando tudo parece correr mal?
 
 
 
 
Ainda não vos mostrei os livros que comprei em Lisboa, mas isso acontecerá em breve!
 
E vocês? Jã compraram algum livro este mês?
 
 
 
 
 


Na edição presente na fotografia, há dois romances do autor britânico concentrados num só livro, A Study in Scarlet e The Sign of the Four. Foi durante a minha estadia em Lisboa que eu li o primeiro livro, enquanto dei início à leitura do segundo nos últimos dois dias passados na capital portuguesa. Demorei a ler o primeiro, pois chegava cansada a casa e não lia muito à noite. No entanto, há ainda uma outra razão: não gostei muito da história em si. Quanto ao segundo, finalizei a leitura já na minha própria casa e, tal como o primeiro, não me deixou maravilhada.


A Study in Scarlet inicia com o doutor John Watson à procura de um sítio barato para viver depois de ter sido ferido no Afeganistão. É ao falar com um velho amigo que Watson descobre que há um homem à procura de alguém com quem partilhar a renda de um apartamento. Contudo, não era um homem qualquer, mas sim Sherlock Holmes, um detetive que recorre ao método científico e à lógica dedutiva para resolver os crimes. Após o encontro entre os dois, Holmes é chamado para resolver um caso muito estranho: um americano tinha sido assassinado e o local do crime, uma casa abandonada, tinha sangue, mas o cadáver não apresentava nenhum ferimento. Como terá, então, morrido o americano?

Quando comecei a ler este primeiro romance sobre as aventuras de Sherlock Holmes, estava a gostar do ritmo da narração. Tendo John Watson como narrador, sabemos como o médico conheceu o detetive e conhecemos as personagens graças ao lado curioso e observador de Watson. Até à altura em que Holmes encontra o suspeito, estava a gostar da escrita e da história, mas comecei a ficar enfadada quando chegou a parte em que o suspeito explica porque cometeu os crimes (houve um outro homicídio). Foi nesse momento que passei a não gostar do livro, pois a transição da história da dupla para a história do homicida não foi nada bem executada. Por momentos, pensei que estava a ler um livro totalmente diferente, até porque não estava a reconhecer a escrita do próprio autor. Doyle não deu qualquer informação de que iria contar uma "longa" história tendo o homicida como narrador. Foi uma mudança brusca e não gostei, apesar de, depois, ter percebido que, afinal, não havia nenhum erro na minha edição e que continuava a ler A Study in Scarlet.



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Ilustração de D. H. Friston (1887).


Doyle, de facto, soube criar um crime interessante e um suspeito que é movido facilmente pelos sentimentos, sem esquecer o lado racional. Também tem uma escrita relativamente simples ou, pelo menos, não muito complexa. Todavia, fiquei com a sensação de que deveria ter havido mais conteúdo, mais desenvolvimento relativamente às personagens e ao modo como elas operam. Perdeu-se muito na fraca exploração das habilidades quer de Sherlock Holmes, quer de John Watson. Posto isto, não fiquei muito surpreendida com Sir Arthur Conan Doyle, infelizmente. Será que a seguinte história foi melhor?

Classificação: 3/5 estrelas.




The Sign of the Four, também uma história narrada por John Watson, inicia com Sherlock Holmes aborrecido por não ter um caso entusiasmante para resolver. Entretanto, aparece Mary Morstan, uma jovem mulher que pede ajuda ao detetive para encontrar o pai. Durante seis anos, Morstan recebeu pérolas e, embora soubesse que estavam relacionadas com o desaparecimento do pai, ela não sabia como. Depois desses seis anos, recebe uma carta para se encontrar com alguém que tinha informações acerca do paradeiro do senhor Morstan. Enquanto Holmes fica curioso com o novo caso, Watson dá graças por ter conhecido uma mulher tão bela e astuta como Mary Morstan e, por isso, acompanha atentamente o caso. Há desaparecimentos, homicídios e tesouros em terras indianas e só Sherlock Holmes é capaz de chegar a uma conclusão triunfante.




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Mary Morstan, John Watson e Sherlock Holmes.


Esta história foi um pouco melhor do que a primeira. Um pouco. Gostei do facto de ter mais ação, de haver mais desenvolvimento por parte das personagens e de a escrita se manter relativamente acessível. Há, ainda leves mensagens contra o racismo e a falta de consideração pelas mulheres. Ainda assim, foi uma outra história que me deixou aborrecida.


Classificação: 3.5/5 estrelas.


Concluindo, tinha expetativas quanto ao criador do detetive mais famoso do mundo. É, de facto, incrível como se pode usar a dedução e a ciência, em simultâneo, para se resolver um crime. Contudo, não são histórias muito surpreendentes. 


E já leram alguma obra de Sir Arthur Conan Doyle? Se sim, qual é a vossa opinião?






Olá, leitores!

Peço desculpa pela minha ausência, que se deve ao facto de eu ter passado nove dias em Lisboa a ver museus e monumentos. Desde que cheguei, não tenho usado muito o meu computador, pois ele está a trabalhar de uma forma muito lenta, o que não me deixa nada contente. Estou a escrever esta publicação num outro computador, até porque eu não quero acumular mais pó aqui no blogue. Posto isto, vou agora falar sobre o mês de julho, que não foi nada produtivo, e os planos para agosto.


Em relação às leituras, julho foi um péssimo mês. Só consegui finalizar um livro e o outro que comecei a ler depois dele não está a ser nada apelativo. Na realidade, para a viagem, levei um outro livro, não só para ter mais espaço na mochila, como também para não me sentir frustrada quanto à desilusão que sinto quanto a este livro.
O livro terminado é a versão original de A Cidade dos Anjos Caídos, de Cassandra Clare (opinião). Endgame- A Chave do Céu, de James Frey e Nils Johnson-Shelton, é o livro que comecei a ler no mês passado, mas não consegui terminar antes do dia da partida para Lisboa. Apesar de não estar a ser tão cativante como pensava que iria ser, pretendo acabar de o ler em breve. O livro que levei para a viagem foi uma edição que contém duas obras de Sir Arthur Conan Doyle, A Study in Scarlet e The Sign of the Four. Demorei quase os nove dias da viagem a ler A Study in Scarlet, porque não só chegava a casa cansada, como também foi uma leitura que ficou aquém das expetativas. Comecei a ler The Sign of the Four no último dia da viagem e, embora seja uma história curta, ainda não o terminei, pois estou a atualizar o estado das séries que ando a ver. Vou terminar esta leitura esta semana.






Quanto a compras literárias, comprei quatro livros em Lisboa, mas vou falar sobre eles em publicações futuras.


Relativamente ao mês de agosto, é melhor eu não planear, desde já, as leituras. Por agora, pretendo acabar de ler o segundo volume da trilogia Endgame e The Sign of the Four. Depois, talvez comece a ler O Filho Dourado, de Pierce Brown.


Espero que julho tenha sido um bom mês para vocês. Vamos lá ver como vai ser agosto.