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Wishlist: Abril de 2023 (Portugal)

 

 

 

Agora, já tenho a wishlist em dia! A publicação de hoje é sobre as novidades literárias de abril!

 

Primeiro, temos O Achado Perfeito, de Tia Williams. 

Um romance imperdível da autora de Sete dias em junho.

Jenna Jones, ex-editora de moda, está falida e desesperada por uma segunda oportunidade — na carreira e na vida. Depois de ter sido despedida da revista onde trabalhava e abandonada pelo noivo de longa data, a sua única saída parece ser um emprego na StyleZine.com, uma publicação online gerida por Darcy Vale, uma antiga colega que não lhe deixou boas recordações.

Mas o que parece ser a sua boia de salvação logo se transforma num fardo muito pesado. Confrontada com um mundo laboral e pessoal dominado pelas ferramentas digitais e as redes sociais, onde os seus colegas são millennials com quase metade da sua idade, Jenna vê-se compelida a exibir uma mentira no que toca ao seu estilo de vida, para tentar manter o estatuto.

Contudo, o que ela não esperava era ter de trabalhar com Eric Combs, o videógrafo destacado para filmar os seus vídeos para o site. Apesar de ele ser quase demasiado delicioso para resistir, Jenna rapidamente se apercebe de que uma maior aproximação entre eles poderá pôr tudo aquilo que alcançou em risco.

 

A TopSeller lançou este livro a 3 de abril.

 

 

A seguir, temos O Diário de Uma Princesa Desastrada, de Maidy Lacerda. Pois bem, a Princesa Amora Maria Florentina de Florentia não o é. É um verdadeiro desastre. Basta sair da cama, para que tudo lhe aconteça. Ela é filha da fada mais poderosa do reino, mas não tem poderes, a sua irmã não é nada boazinha com ela e, tem um arqui-inimigo supermalvado…

As coisas não são nada fáceis para esta princesa que, além de tudo, tem de fingir que não é uma princesa, mas apenas a Florentina, uma menina de que ninguém gosta na escola, nem sequer a professora!

Este diário estar nas tuas mãos é mais uma coisa para a longa lista de desgraças da Amora, que não vai ficar nada contente com isso. Mas já que o tens, prepara-te para conheceres o reino de Florentia, a vida desastrada de Amora e apaixonares-te por tudo o que ela adora. Uma coisa podes ter a certeza: nada vai acabar bem.

 

A Planeta lançou este livro a 4 de abril.

 

 

A mesma editora, no mesmo dia, publicou O Paradoxo de Atlas, a continuação de Os Seis de Atlas, de Olivie Blake.

Bem-vindos à Sociedade de Alexandria.
Seis mágicos tem a oportunidade de uma vida.
Cinco são agora membros da Sociedade.
Apresentam-se dois caminhos diante deles.
E todos tem de escolher um lado.

Alianças vão ser testadas e corações serão partidos. A Sociedade de Alexandria será revelada pelo que é: uma sociedade secreta com um poder capaz de mudar o mundo, dirigida por um homem, cujos planos para alterar a vida como a conhecemos já estão em marcha.

Mas o custo deste conhecimento é tão alto como o preço do poder, e cada iniciado deverá escolher qual o lado que quer seguir. No entanto, à medida que os acontecimentos ganham força e os perigos se multiplicam, qual das alianças se vai manter? As amizades podem realmente ser verdadeiras e os inimigos são aquilo que parecem?

 

 

Em A Maldição do Ex, de Erin Sterling, há nove anos, Vivienne Jones tratou do seu coração partido como qualquer jovem bruxa faria: com vodca, banhos de espuma… e amaldiçoando o namorado. Era uma brincadeira, algo feito para durar um dia ou dois. Mas quando Rhys Penhallow, descendente dos fundadores da cidade, destruidor de corações e irritantemente lindo como sempre foi, regressa a Graves Glen, para o festival anual de outono, tudo se torna um desastre. Vivi percebe que o seu pequeno feitiço pode não ter sido assim tão inofensivo. E, além da maldição, precisa ainda de resolver a enorme atração que sente por Rhys…

 

Foi lançado a 4 de abril pela IN.

 

 

A próxima novidade é um livro de Fantasia YA. Em A Rapariga que Caiu no Mar, de Axie Oh, quando uma das mais extraordinárias lendas coreanas é recontada sob uma perspetiva feminina... sigam o fio do destino.

Há muitas gerações que a terra onde Mina nasceu é palco de terríveis tempestades. O Deus do Mar, antigo protetor do lugar, amaldiçoou todos os que nela habitam. Para tentar que a sua ira não seja tão devastadora, todos os anos sacri­ficam uma rapariga, lançando-a para as profundezas da água salgada - chamam-lhes as noivas do Deus do Mar.

Desta vez, todos acreditam que Shim Cheong, a belíssima amada de Joon, irmão de Mina, pode quebrar a maldição. Porém, na noite do sacrifício, Joon segue a mulher que ama, mesmo sabendo que isso pode pôr a sua vida em risco. Mina, disposta a tudo para salvar o irmão, acaba por mergulhar no lugar de Shim.

Viajando até ao Reino dos Espíritos, conduzida por um dragão, Mina vê que o Deus do Mar está preso num sono encantado e que todos - ali e à superfície - correm perigo. É então que a nossa protagonista decide partir numa missão para acordar o Deus do Mar e quebrar a maldição. Mas um humano não pode viver durante muito tempo no Reino dos Espíritos, e os perigos estão apenas a começar...

 

A Editorial Presença publicou este livro a 5 de abril.

 

 

Também neste dia, a Marcador lançou Experiência de Amor em Nova Iorque, de Elena Armas. Rosie está desesperada. Tem apenas oito semanas para escrever um romance e está com um bloqueio criativo.
Ainda por cima, o teto da casa de banho ruiu diante do seu nariz.
Felizmente, pôde fugir para o apartamento de Lina enquanto ela está fora. Mas o que Rosie não sabe é que Lucas, primo da sua melhor amiga, também lá vai ficar.

Então, este cavalheiro espanhol oferece-se para partilhar o apartamento com ela e propõe-lhe uma estranha experiência para a ajudar no seu trabalho: ter quatro encontros românticos para que ela se inspire e ultrapasse o seu bloqueio. Rosie aceita, e a experiência ajuda-a a escrever um grande romance... mas começam a apaixonar-se um pelo outro. Assim, aqueles dois companheiros de apartamento decidem superar os seus problemas pessoais para escreverem a sua própria história de amor.

Mas acontece ainda que a permanência de Lucas em Nova Iorque tem prazo de validade...

 

 

A 6 de abril, a Aurora Editora trouxe para Portugal Lágrimas no Mercado, um livro de memórias de Michelle Zauner. 

Nesta história sobre família, luto e resistência, escrita com humor e emoção, Michelle Zauner prova ser ainda mais do que cantora, compositora e guitarrista. Estreando-se na escrita, a autora conta como foi crescer sendo uma das poucas crianças asiático-americanas na sua escola, no Oregon, nos EUA; explica que estratégias usou para lidar com as expectativas elevadas, e por vezes deslocadas, da mãe; apresenta experiências que enquadram qualquer bom debate sobre os dramas da adolescência.

Lágrimas no Mercado é um relato vivo e franco, como o terno folhear de um álbum de família.
Zauner aventura-se ainda pelos relatos da mudança sensível para a Costa Este do país, onde estudou na universidade e se iniciou mais a sério no mundo da música, protagonizando os primeiros concertos, e onde conheceu o homem com quem se casaria.

Num caminho sinuoso para saber quem é — e onde e como deveria sê-lo —, só o falecimento da mãe, de cancro, quando Zauner tinha 25 anos, pareceu colocá-la, enfim, em contacto com a sua própria identidade, com os gostos, o idioma, a cultura e a música que são a sua herança coreana. Tudo o que a mãe lhe deixara.

 

 

Hoje, a 11 de abril, a Guerra & Paz publica Quero Morrer, mas Também Quero Comer Tteokbokki, de Baek SeHee.

Baek Sehee é uma jovem gestora de redes sociais de sucesso que começa a ter consultas de psiquiatria por causa da sua… como lhe chamar… depressão?

Sente-se persistentemente em baixo, ansiosa, insegura, mas também extremamente crítica dos demais. Baek esconde bem os seus sentimentos, mas o seu esforço é cansativo, esmagador e impede-a de criar relações profundas. Isto não pode ser normal, pensa. No entanto, se está assim tão desesperada, como é que pode ansiar pela sua comida de rua favorita: tteokbokki?

Baek Sehee, a autora, regista, sob a forma de diálogo, as suas consultas de psiquiatria ao longo de doze semanas, as quais enriquece com os seus próprios micro-ensaios reflexivos.

Em parte livro de memórias, em parte livro de auto-ajuda, este bestseller imediato sul-coreano Quero Morrer, mas Também Quero Comer Tteokbokki ajuda-nos a sentirmo-nos menos sós e injustificados, envolvendo-nos com a sua escrita intimista.

No fim, será que teremos resposta para a pergunta: É mesmo isto que é a vida?

 

 

A 17 de abril, chegou a Portugal, pela chancela Iguana, Lore Olympus: Contos do Olimpo - Volume 1, de Rachel Smythe.

Um dos maiores sucessos da Webtoon de sempre que junta mitologia com modernidade.

O mundo dos deuses é um lugar cheio de escândalos, festas selvagens, ciúmes, segredos, amores impossíveis e muito ego.

Perséfone, a jovem deusa da primavera, acaba de se mudar para o Olimpo, depois de ter sido criada no mundo dos mortais, e terá de aprender a viver de acordo com as regras inquebráveis desse lugar. Isto será ainda mais difícil depois de conhecer Hades, deus do Submundo, que não é de todo como ela esperava, e com quem irá estabelecer uma forte ligação.

Será que as grandes diferenças entre os seus dois mundos os farão afastar-se ou, pelo contrário, será que a atração se tornará cada vez mais forte?

Perséfone terá de navegar na política confusa e nas relações que governam o Olimpo, enquanto descobre o seu próprio lugar e o seu próprio poder.

 

 

No mesmo dia, a Suma de Letras lançouTodos os Amanhãs, de Mélissa da Costa. 

Um hino maravilhoso à natureza que nos reconcilia com a vida.

É num verão brilhante e insuportável que a jovem Amande Luzin entra pela primeira vez na casa que arrendou na zona rural francesa de Auvergne. Para a acolher, encontra janelas fechadas, escuridão e silêncio: um refúgio.

É ali, longe de todos, que decide esconder-se para viver o seu luto. Amande nunca abre as portadas e raramente sai à rua, evitando a interferência da luz na sua vida. Até que, um dia, encontra os diários e calendários da antiga proprietária, a senhora Hugues. Numa caligrafia redonda e elegante, há instruções detalhadas para os cuidados do jardim e para a confeção de receitas, uma espécie de almanaque caseiro.

Amande é uma mulher da cidade que nunca usou galochas nem utensílios de jardinagem. No entanto, apesar da dor que a corrói, decide seguir as instruções da senhora Hugues e recuperar o jardim abandonado, um espaço que parece mágico. A cada semente, encontra um rebento: no pântano da sua dor, cada amanhã traz uma pequena e perfumada promessa de futuro.

 

 

A editora IN, a 18 de abril, publicou A Arte de te Sentires Melhor, de Matilda Heindow. 

Todos temos dificuldade em sentirmo-nos positivos a toda a hora. Em A Arte de Te Sentires Melhor, Matilda Heindow, a ilustradora por detrás do IG @crazyheadcomics, abre o coração e leva-nos numa viagem desde a sua primeira sessão de terapia, quando estava a sofrer, até ao dia em que acordou novamente com alegria no coração, para revelar técnicas, ferramentas e formas de pensar que realmente a ajudaram.

 

 

Se estavam à espera de um livro novo de Genki Kawamura, ficarão contentes em saber que a Editorial Presença publicou Nunca te Esqueças das Flores a 19 de abril.

Quando uma mãe e um filho fecham um ciclo e nasce uma nova geração, o passado ganha vida e traz consigo os delicados fios das memórias perdidas.

Izumi vai ser pai e está tremendamente feliz. Há, porém, uma pequena nuvem que paira sobre esse sentimento: conseguirá ser um bom pai? E o que será isso - ser bom pai? Izumi cresceu só com a mãe, Yuriko, e a relação que têm, até hoje, é tão profunda, tão próxima, que é difícil encontrar palavras para a descrever. E é a mãe que o preocupa ainda mais, e faz a pequena nuvem multiplicar-se e tingir de cinzento o céu.

Na mesma altura em que descobre que vai ser pai, Yuriko manifesta os primeiros sintomas de Alzheimer e Izumi pensa que, de certa forma, vai deixar de ser filho. À medida que a doença avança, chega o dia em que a mãe não o reconhece, e Izumi sente que se reabre uma velha ferida: como esquecer o que aconteceu quando era ainda criança? Porque saiu a mãe de casa? Que ausência prolongada foi aquela e que memórias perdidas há por contar?

Numa história que junta a leveza e a melancolia japonesas na medida certa, o autor de Se os Gatos Desaparecessem do Mundo regressa com um romance que sublima a aparente simplicidade dos momentos mais íntimos da vida.

 

 

No mesmo dia, a Manuscrito Editora lançou Colégio do Templo - As Cartas, o terceiro volume da coleção infantojuvenil nacional de Nuno Bernardo.

«Finalmente dei com a pessoa certa para encontrar aquilo que procuram. O Marcel Durand tem de ter só um pouco mais de paciência. Ela está quase pronta para ir para o terreno.»

Quando Sara partilha com os amigos as estranhas palavras do professor Jorge, todos concordam que é urgente descobrir a verdade sobre as origens do Colégio do Templo… e as reais intenções de abrir uma escola para jovens com poderes especiais.

O mistério adensa-se quando percebem que estão a ser vigiados. Os perigos estão onde menos esperam e, neste momento, já não podem confiar em ninguém. Como se não bastassem tantas perguntas sem resposta, Sara ainda descobre várias cartas trocadas entre dois alunos, Telmo e António, em 1863. Aconteceu uma tragédia no passado. e pode estar prestes a repetir-se.

Sara sente que está a chegar ao seu limite: os pesadelos voltaram, mal consegue dormir e chega a duvidar de si mesma. Poderá acreditar realmente no que vê e ouve, ou estará a ser enganada pelo seu próprio cérebro? Será altura de fazer o que diz a mensagem no vidro e fugir?

 

 

No mesmo dia, a Clube do Autor publicou Escândalo, de Ivy Owens. 

Uma noite escaldante entre dois amigos de infância ganha uma dimensão que nenhum antecipara. À medida que os sentimentos de um pelo outro se intensificam, os dois enfrentam uma nova realidade: as suas carreiras arduamente conquistadas estão em rota de colisão com um escândalo de dimensão internacional.

O quanto estão dispostos a lutar em nome do seu amor?

 

 

Um Muro e uma Cerca, da portuguesa Elisabete Martins de Oliveira, foi lançado a 20 de abril pela Cultura Editora.

Pequenos gestos podem mudar o rumo de uma vida.
Elias vive sozinho numa casa demasiado grande, já sem os três filhos, que emigraram, e sem a mulher, que morreu. Quando uma família se muda para a moradia ao lado — entre as muitas que de repente chegaram à Margem Sul do Tejo, desafiando-lhe o sossego —, desenvolve antipatia e desconfiança para com os vizinhos.

Do outro lado, contudo, um rapaz negligenciado pelos pais e pela avidez da vida moderna vai-se aproximando, curioso, apesar das barreiras erguidas por Elias. Com Santiago a começar de forma turbulenta o quinto ano na escola nova, o menino procura consolo e atenção junto do vizinho.

A sintonia entre Elias e Santiago cresce, mas uma notícia perturbadora vem ameaçar-lhes a amizade e trazer ao de cima as vidas difíceis que levam, e os segredos que escondem um do outro.

 

 

No mesmo dia, a Desrotina lançou dois livros, sendo um deles A Guerra das Papoilas, de R. F. Kuang. 

Quando Rin passou no Keju — o teste para encontrar os jovens com mais talento do Império — todos se admiraram, até a própria Rin, que percebeu que estava livre da servidão e desespero da sua existência. O facto de ter entrado em Sinegard — a escola militar de elite de Nikan — foi ainda mais surpreendente.

Mas as surpresas nem sempre são boas, especialmente quando se é uma órfã de pele escura com raízes camponesas pobres de quem veio de territórios do Sul. Perseguida por rivais, Rin vai descobrindo que detém um poder letal e sobrenatural — uma aptidão quase mística da arte do xamanismo. Explorando o seu poder com a ajuda de um professor aparentemente louco, Rin descobre que deuses considerados mortos estão, afinal, bastante vivos; e que dominar os seus poderes significa bem mais do que sobreviver à escola em Sinegard.

Mesmo com o Império Nikara em paz, a Federação de Mugen espreita, perigosa, do outro lado do mar, antecipando uma nova Guerra das Papoilas. Rin, aprendendo com os seus poderes, teme que, para vencer uma guerra, possa ter de perder a sua humanidade. Se é que já não é demasiado tarde...

 

 

O título do outro lançamento é Perfeita na Teoria, um romance YA contemporâneo de Sophie Gonzales. 

Darcy Phillips:
— Pode dar-te a solução para qualquer um dos teus problemas — mediante um pagamento, claro;
— Usa os poderes que tem para o bem. Na maior parte das vezes...
— Não suporta o atleta da escola, o Alexander Brougham.
— Talvez não seja a pessoa ideal para julgar a melhor amiga — pela qual está apaixonada, mas não tem coragem de se declarar.
— Não aprecia ser chantageada.

Porém, quando Alexander a apanha em flagrante a retirar cartas do cacifo 89 — a partir do qual ela tem administrado o seu questionável serviço de aconselhamento romântico —, é exatamente isso que acontece. Em troca de manter o seu segredo, bem... segredo, Darcy tem de ajudar Brougham a reconquistar a ex-namorada.

Portanto, ela só precisa de ajudar um rapaz chato (e irritantemente bonito) a reconquistar uma rapariga que já foi completamente apaixo- nada por ele. O que pode correr mal?

 

 

A Cultura Editora, também a 20 de abril, publicou Crime na Quinta das Lágrimas, o terceiro livro do português Lourenço Seruya.

Quando Alice e Diogo escolheram a Quinta das Lágrimas para celebrar o casamento, estavam longe de imaginar o horror em que se tornaria o dia mais feliz das suas vidas.

Naquela semana de inverno, com o hotel reservado em exclusivo para noivos, familiares e amigos, os preparativos são concluídos com sucesso. Contudo, na manhã do casamento, os convidados acordam em sobressalto: a noiva desapareceu. Não a encontram em parte nenhuma e rapidamente se dá início a uma busca pelo exterior da Quinta.

O jardim está coberto por um frio gélido e o cadáver de Alice é descoberto em circunstâncias macabras...
A chegada da Polícia Judiciária põe o hotel em alvoroço. Os inspe- tores estabelecem que o homicídio foi cometido por um dos hóspedes, mas as mentiras propagam-se e ampliam-se as suspeitas.
Quem matou Alice?

Assim que as evidências se encaixam e começam a formar uma imagem concreta, a polícia inicia uma corrida contra o tempo no encalço de um assassino que não ficará por ali...
Há mais alguém que não sairá vivo da Quinta das Lágrimas.

 

 

Ainda neste dia, a Editora Minotauro lançou Vicioso, de V. E. Schwab.

Victor e Eli começaram como colegas de quarto na faculdade. Eram brilhantes, arrogantes e solitários que reconheciam um no outro a mesma ambição.

No último ano, um interesse comum pela pesquisa em experiências de quase morte, adrenalina e eventos aparentemente sobrenaturais revela uma possibilidade intrigante: sob as condições certas, alguém poderia desenvolver habilidades extraordinárias.

Mas quando a tese deles passa do académico para o experimental, tudo corre terrivelmente mal.

 

 

Participando num lançamento mundial, a Quinta Essência publicou Lugar Feliz, de Emily Henry, a 25 de abril

Harriet e Wyn são perfeitos um para o outro. Como pão e manteiga, gin e água tónica, sol e esplanadas, Blake Lively e Ryan Reynolds.
Estão juntos há oito anos e o seu amor continua tão forte como no início.
Na realidade, Harriet e Wyn acabaram há cinco meses mas ainda não disseram a ninguém.

É por isso que estão a partilhar o quarto na casa no Maine onde têm passado todos os verões da última década juntamente com o seu grupo de amigos. É sempre a semana mais maravilhosa do ano, regada a demasiado álcool e ainda mais lagosta, repleta de momentos especiais e autênticos. Só que este ano, Harry e Wyn estão a mentir com todos os dentes. É que a casa vai ser vendida e esta é a grande despedida, a derradeira oportunidade para umas férias de arromba e eles não querem arruinar as últimas memórias do lugar mais feliz do mundo.

É um plano infalível (se olharmos para ele de muito longe e de olhos semicerrados). Depois de anos de amor, quão difícil será fazer teatro durante uma semana... em frente das pessoas que os conhecem melhor?
Mas essa nem é a parte mais complicada. Conseguirão Harriet e Wyn fingir para si próprios que não estão desesperadamente apaixonados?

 

 

No mesmo dia, foi lançado, pela Dom Quixote, Salvar o Fogo, de Itamar Vieira Junior. 

Depois de ter ficado órfão de mãe, Moisés vive com o pai e a sua irmã Luzia na Tapera do Paraguaçu, um povoado cujo domínio das terras pertence à Igreja, que ali detém um mosteiro desde o século XVII. Os irmãos partiram todos em busca de uma vida melhor, mas Luzia foi obrigada a ficar para cuidar do pai e do menino; estigmatizada pelos seus supostos poderes sobrenaturais, leva no entanto uma vida de profundo sentido religioso, trabalhando como lavadeira do mosteiro e educando Moisés rigidamente com o objetivo de o inscrever na escola dos padres e conseguir para ele a educação que nenhum deles pôde ter. Porém, a experiência dessa formação marcará o rapaz de tal modo que ele acabará por deixar intempestivamente a casa.

Será só vários anos mais tarde, depois de um grave acontecimento que é o pretexto para a família toda se reunir, que Moisés reencontrará Luzia - uma Luzia arrependida dos silêncios e magoada pelas mentiras, mas simultaneamente combativa, lutando como nunca contra as injustiças, pela posse da terra dos seus antepassados.

Épico e lírico, emocionando o leitor a cada nova página, Salvar o Fogo é um romance que mostra que muitas vezes os fantasmas de uma família não se distinguem dos fantasmas de um país. A ferida aberta pelo multipremiado Itamar Vieira Junior nesta obra-prima só o leitor poderá fechar.

 

 

 

Por agora, é tudo. O que têm achado destes primeiros quatro meses do ano relativamente a novidades editoriais em Portugal?

 

Barbie (2023): Sugestões de leitura

Barbie 2023.png

 

Se não têm estado muito presentes nas redes sociais nos últimos dias, a internet está em alvoroço desde que foi lançado o trailer do filme Barbie, realizado por Greta Gerwig e protagonizado por Margot Robbie.

 

 

O trailer e os cartazes promocionais são muito bonitos e, por conseguinte, tenho visto pessoas fazerem publicações muito interessantes baseadas nesses materiais. Por exemplo, a Rachel, no Twitter, deixou sugestões literárias seguindo os cartazes das personagens do filme. Como gostei muitos dos tweets dela, decidi fazer aqui uma publicação assim! Portanto, deixo os créditos à Rachel, claro.

 

A Rachel mencionou livros conformes as profissões das personagens. No meu caso, as minhas sugestões terão como inspiração as roupas das Barbies. Por vezes, também poderão estar relacionadas com as profissões.

 

Comecemos pela Barbie principal, que associei à capa de Blackout, uma antologia YA de Dhonielle Clayton, Ashley Woodfolk, Angie Thomas, Nic Stone, Nicola Yoon e Tiffany D. Jackson.

Estamos em Nova Iorque, em pleno verão, e uma onda de calor deixa a cidade às escuras. Mas enquanto a confusão se instala, outra energia começa a produzir faíscas...
É verão na cidade que nunca dorme. Uma onda de calor invade Nova Iorque, subitamente, e um apagão apanha todos desprevenidos: multidões invadem as ruas, o metro deixa de funcionar e há filas e filas de carros nas estradas. O sol põe-se e a escuridão abraça a cidade. Mas seis jovens casais começam a sentir outra espécie de eletricidade no ar…

Um primeiro encontro. Amigos de longa data. Ex-namorados cheios de ressentimento. Duas raparigas que parecem feitas uma para a outra. Dois rapazes que se escondem por detrás de máscaras. E um namoro onde as dúvidas não param de surgir.

Debaixo de um céu tão escuro quanto as ruas, numa cidade em que todos parecem estar perdidos, há 12 pessoas que se vão encontrar. Os sentimentos iluminam-lhes o caminho, as relações transformam-se, o amor ganha vida e surgem novas possibilidades - até ao maravilhoso culminar daquela noite, numa festa a céu aberto, em Brooklyn.

Envolvente, apaixonante e inesquecível, este romance interliga as histórias de seis casais, numa celebração de amor, esperança e força, pelas mãos de seis das mais aclamadas autoras YA da atualidade.

Blackout (1).png

 

A próxima sugestão é inspirada na Barbie advogada e dá para todas as idades. Estou a falar de Anna Kadabra - O Clube da Lua Cheia, de Pedro Mañas e David Sierra Listón. 

A Anna está furiosa porque tem de deixar a sua casa, a escola e a cidade onde vive. Vai mudar-se com os pais para Moonville, uma aldeia antiquada no meio de um bosque cheia de lendas e segredos.

Por exemplo:

Quem é o gato misterioso que segue a Anna para todo o lado?
Pode o gato ser de uma bruxa?

Esperem lá um momento… e se a bruxa for ela?

 

Anna Kadabra - O Clube da Lua Cheia.png

 

Para a Barbie Sereia, escolhi Amari e os Irmãos da Noite, um livro infantojuvenil fabuloso de B. B. Alston.

Amari Peters nunca deixou de acreditar que Quinton, o seu irmão desaparecido está vivo. Nem mesmo quando a polícia lhe disse o contrário, ou quando teve de enfrentar todos os que lhe diziam que ele tinha partido para sempre.

Quando Amari encontra uma pasta no armário do quarto do irmão, contendo uma nomeação para o programa de verão na Agência dos Assuntos Sobrenaturais, ela tem a certeza de que aquela organização secreta é a chave para localizar Quinton.

Amari está determinada a competir por um lugar, mesmo que tenha de enfrentar outras crianças que, ao contrário dela, sabem tudo sobre magia, fadas, alienígenas e criaturas sobrenaturais desde que nasceram. Enfrentando as suas próprias dúvidas, os seus colegas que a olham como uma inimiga e um mágico que a persegue, Amari nunca se sentiu tão sozinha. Mas ela sabe que se não resistir e passar nas provas de seleção nunca descobrirá o que realmente aconteceu com Quinton.

Best-seller do New York TimesAmari e os Irmãos da Noite é uma aventura empolgante cheia de magia e imaginação. Embarca nesta aventura com Amari, a heroína que todos desejamos conhecer.

 

Amari e os Irmãos da Noite.png

 

E que tal uma capa baseada num dos Kens? Aqui temos A Hipótese do Amor, de Ali Hazelwood.

Quando um relacionamento falso entre cientistas encontra a irresistível força da atração, as teorias de uma mulher sobre o amor, cuidadosamente calculadas, são postas à prova.
Olive Smith, uma estudante de doutoramento em Biologia, não acredita em namoros duradouros. Após terminar o relacionamento com Jeremy, percebe que a sua melhor amiga, Anh, gosta dele e decide juntá-los. Para a convencer de que não se importa e de que está feliz e a namorar, Olive precisa de o provar, mas, pressionada, entra em pânico e resolve beijar o primeiro homem que vê: Adam Carlsen, um jovem professor de outro departamento. Olive acaba por ficar chocada ao perceber que este tirano do laboratório da Universidade de Stanford, conhecido por deixar os estudantes em lágrimas, aceita manter a farsa e fingir que é, realmente, seu namorado.

Quando uma conferência científica corre mal e ameaça a carreira de Olive, Adam surpreende-a de várias formas... e uma pequena possibilidade científica, o que era apenas uma hipótese sobre o amor, transforma-se então numa experiência inesperada.
Uma história maravilhosa imersa num ambiente académico. Um tubo de ensaio para a vida.

 

A Hipótese do Amor (1).png

 

Para a Barbie Presidente, escolhi The Henna Wars, de Adiba Jaigirdar.

Nishat não quer perder a sua família, mas ela também não quer esconder mais quem realmente ela é e as coisas ficam mais complicadas quando uma amiga de infância regressa à sua vida. Flávia é bonita e carismática e Nishat apaixona-se por ela imediatamente. Mas, quando uma competição escolar convida os alunos a criar os seus próprios negócios, ambas decidem mostrar os seus talentos como artistas de henna. Numa luta para provar quem é a melhor, as suas vidas acabam por ficar mais entrelaçadas, mas Nishat não consegue não gostar de Flávia, especialmente quando ela parece gostar dela também.

À medida que a competição vai aquecendo, Nishat tem uma decisão a tomar: permanecer no armário pela sua família ou colocar de lado as suas diferenças com Flávia e dar uma oportunidade à relação.
 
 

The Henna Wars.png

 

Para a Barbie que ganhou um Prémio Nobel da Física, selecionei This Poison Heart, de Kalynn Bayron.

Desde que ela se lembra, Briseis tem poderes sobre plantas. Flores florescem sob os seus passos e folhas viram-se para ela como se ela fosse o sol. É um poder que ela e as suas mães adotivas têm tentado esconder ao longo da vida dela. Entretanto, Briseis recebe uma casa como herança da sua mãe biológica. Finalmente, ela tem espaço e privacidade para testar os seus poderes pela primeira vez.

Mas à medida que Briseis começa a dar vida ao jardim da casa, ela descobre que também herdou gerações de segredos. Um altar escondido a uma deusa obscura, uma linhagem de bruxas que vem de tempos antigos e um jardim escondido que tem as plantas venenosas mais mortais do planeta. Os antepassados dela que há muito tempo partiram não vão deixá-la descansar até ela aceitar o seu lugar como guardadora de um poder terrível que está no coração do Jardim do Veneno.

 

 

This Poison Heart.png

 

Para o Alan, apesar de as tonalidades das cores não serem as mesmas, escolhi Filha da Deusa da Lua, de Sue Lynn Tan.

Xingyin nasceu na lua, onde vive junto da mãe, a Deusa. Ignora, contudo, que ali vive para se manter fora do alcance do temido Imperador Celestial, que exilou a sua mãe por ter ousado roubar o elixir da imortalidade. E o Imperador Celestial ignora também a sua existência.
Mas quando a magia da jovem Xingyin começa a manifestar-se, é obrigada a abandonar a sua casa, para segurança de ambas.
Mas há males que vêm por bem e Xingyin tem um plano. Disfarça a sua identidade e consegue chegar ao Reino Celestial, onde aproveita a oportunidade única de treinar ao lado do filho do imperador, com quem aprende as artes do arco e da magia e, inesperadamente, do amor.
Com a descoberta do amor, porém, vem a descoberta da desilusão. E, assim, a jovem guerreira vê-se obrigada a deixar o palácio e embarca numa demanda perigosa, enfrentando criaturas e inimigos terríveis. Porque precisa de se lembrar do que a levou até ali: conquistar a liberdade da mãe.
Filha da Deusa da Lua é uma brilhante estreia literária e o primeiro episódio de uma maravilhosa saga romântica, inspirada numa lenda tradicional chinesa.

 

Filha da Deusa da Lua (1).png

 

Também temos uma Barbie que é juíza da Suprema Corte! Tendo em conta as cores, escolhi Noiva à Experiência, de Helen Hoang.

O amor não precisa de palavras…

Khai Diep não tem sentimentos. Ou melhor, não consegue experienciar aqueles que são verdadeiramente importantes, como a dor ou o amor. Está convencido de que, de alguma forma, tem algo de errado. Contudo, a sua família sabe o que se passa - o autismo do jovem leva-o a processar as emoções de maneira diferente. Como Khai rejeita sistematicamente os relacionamentos, a sua mãe decide resolver o problema e voltar ao Vietname para lhe encontrar a esposa perfeita.

Esme Tran sente-se deslocada em Ho Chi Minh. A sua vida nem sempre foi fácil, pelo que, quando surge uma proposta de viajar para os Estados Unidos para conhecer um potencial marido, ela aproveita a oportunidade. No entanto, seduzir Khai tem os seus desafios, e as lições de amor de Esme parecem funcionar apenas com ela. A jovem está perdidamente apaixonada por um homem que acredita que nunca será capaz de retribuir o afeto de uma mulher.

Será Khai capaz de superar os limites do seu coração e compreender que existe mais do que uma forma de amar?

 

Noiva à Experiência.png

 

Finalmente consegui associar a profissão de uma das Barbies a um livro. Para a Barbie autora, selecionei Sete Dias em Junho, de Tia Williams.

 

Sete dias para se apaixonarem, quinze anos para esquecerem e sete dias para recuperarem tudo de novo...

Quando Eva Mercy e Shane Hall se cruzam num evento literário em Nova Iorque, a faísca entre os dois é inegável, deixando toda a comunidade de autores negros em polvorosa. À primeira vista, Eva e Shane nada têm em comum. Ela é uma famosa autora de fantasia erótica que vive com a filha de 12 anos. Ele é um enigmático autor de ficção literária que se esquiva às luzes da ribalta.

O que ninguém sabe é que, quinze anos antes, quando eram adolescentes, Eva e Shane passaram uma intensa semana juntos, sete dias que lhes mudaram a vida para sempre. Agora, além de não conseguirem negar a química que ainda os une, começam a ter dificuldade em continuar a esconder um passado partilhado que influenciou a escrita de ambos.

Durante uma quente semana de Junho, Eva e Shane reaproximam-se, mas ela não tem a certeza de poder confiar no homem que lhe partiu o coração e só quer que ele se vá embora rapidamente, para conseguir recuperar o equilíbrio da sua vida. Mas antes que Shane volte a desaparecer, Eva precisa que ele lhe responda a algumas das perguntas que ficaram tantos anos sem resposta.

 

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Há mais personagens no filme, mas termino esta lista de sugestões de leitura com a Barbie que ganhou um Pulitzer. Escolhi Amor à Primeira Assinatura, de Leonor Ferrão.

«Tinha sido tão cuidadosa. (...) No entanto, ali estava ele, qual D. Sebastião a voltar num dia de nevoeira sem que ninguém o esperasse.»

Teresa alcançou o seu maior sonho: publicar um livro, e não podia estar a ter mais sucesso! No entanto, a sua carreira e a sua vida entram numa montanha-russa de acontecimentos e emoções quando Simão, o rapaz que lhe partiu o coração reaparece na sua vida, com uma única intenção: difamar o seu nome e o seu livro.

Mas será mesmo essa a sua verdadeira intenção?
Uma comédia romântica sobre um amor interminável e as peripécias que sempre parecem tentar impedir a felicidade…

 

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Termino, deste modo, esta publicação onde sugiro leituras baseadas nos cartazes do filme baseado no universo da Barbie. O que acham destas recomendações?

 

 

Wishlist: Março de 2023 (Portugal)

 

 

Já posso falar dos livros que foram lançados em Portugal no mês passado!

 

Comecemos pelo Gild, de Raven Kennedy. 

É característico dos homens desvalorizarem as mulheres. Será igualmente a sua ruína.
Sempre nos disseram que esta é a história do rei Midas. Ele é o rei dourado e eu sou a sua favorita - a mulher que, com apenas um toque, ele transformou em ouro. Para mostrar que lhe pertenço. Para mostrar a todos o seu imenso poder. Ele prometeu proteger-me e, em troca, eu prometi-lhe o meu coração. Mas quando a guerra chega ao reino, é necessário um acordo - e eu estou no centro dessa negociação. Subitamente, a minha confi ança é quebrada e o meu amor é desafiado. Percebo finalmente que tudo o que sabia sobre Midas pode estar errado. Sempre disseram que esta é a história dele. Mas talvez estejam errados… talvez seja a minha história!

 

A Saída de Emergência publicou este livro a 2 de março.

 

 

A seguir, temos O Covil de Pompeia, de Elodie Harper. 

O Covil de Pompeia é o primeiro romance numa trilogia que reimagina a vida nesta cidade mítica, antes de ser arrasada pela erupção do Vesúvio, e a vida de mulheres destemidas que fizeram o seu caminho num mundo dominado por homens.
Corre o ano 74 da nossa Era e em Pompeia, uma das cidades mais prósperas do Império Romano, convivem lado a lado cidadãos livres, comerciantes, criminosos, escravos e senhores. Nas ruas da cidade é possível satisfazer quaisquer caprichos e desejos, e o bordel conhecido como «Covil» tem fama de responder aos gostos mais exigentes.

Vendida como trabalhadora sexual, Amara não é apenas uma das lobas que trabalham para Félix, o crápula dono do Covil - é a sua favorita. Após a morte do pai de Amara, um médico respeitado, a sua família viu-se caída na penúria e o destino da jovem foi a escravatura. Agora, depende da sua astúcia, inteligência e valentia para tentar trocar as voltas ao seu destino.

Assim, enquanto partilha os seus sonhos, entre gargalhadas e lágrimas, com as outras mulheres do infame bordel, Amara descobrirá uma cidade cheia de vida, onde as oportunidades estão ao virar de cada esquina para quem quer que tenha a ousadia de as agarrar. Terá ela a valentia e a coragem necessárias para recuperar a sua liberdade?

Pompeia como nunca a lemos, distante no tempo mas repleta de vida. Um romance histórico invulgar que, partindo de uma pesquisa profusa e apurada, nos faz um relato emocionante e riquíssimo em detalhes, eletrizante nas cores, cheiros e sons da cidade romana e dos seus habitantes, ao mesmo tempo que nos dá a escutar a voz das mulheres cujas histórias permaneceram à margem da História.

 

Foi lançado pela Bertrand Editora a 2 de março.

 

 

A próxima novidade é de Camille DeAngelis. Em Até aos OssosMaren Yearly quer o mesmo que qualquer rapariga da sua idade. Tornar-se alguém que os outros admirem e respeitem. Ser amada. Mas Maren tem um segredo que a torna diferente, impulsos que não consegue controlar. E odeia-se pelas coisas más que o seu instinto a pressiona a fazer, por aquilo que causa a si e à sua família. Porque Maren não se limita a partir corações, ela devora-os.

Desde o dia em que a mãe encontrou um osso da orelha da ama na sua boca, quando ela tinha apenas dois anos, soube que a vida não seria normal para nenhuma das duas. Quando, no seu 16.º aniversário, a mãe a abandona com apenas algum dinheiro e a sua certidão de nascimento, Maren decide partir em busca do pai, que nunca conheceu, determinada a encontrar as suas origens e a razão para ser como é.

Confrontada com um mundo onde, pela primeira vez, conhece outros comedores e inimigos, mas também a possibilidade inesperada do amor, Maren percebe que não está apenas à procura do pai, está à procura de si própria. A verdadeira questão é: será que vai gostar da rapariga que encontrar?

Livro deu origem a filme de sucesso com Timothée Chalamet e Taylor Russell.

 

A Suma de Letras publicou este livro a 6 de março.

 

 

Também neste dia, a Arena lançou Bem Me Quero, de Catarina Corujo. 

Um manual prático, com exercícios, para aprendermos a gostar de nós mesmas.

Foram precisos 28 anos de luta com o próprio corpo para Catarina Corujo aprender a amar-se tal como é. Muitas lágrimas, dietas, tristeza e vulnerabilidade. Dedos a apontar o que estava errado, quando na verdade eram os outros que estavam mal. Todas as mulheres passam pelo mesmo sentimento de frustração, de vergonha e de negação do próprio corpo por acharem que não se enquadram no protótipo de beleza que a sociedade vende. Basta!

Este livro é um grito de independência, um abraço de empatia e um manual para ajudar a leitora a amar-se a si própria. A aceitar-se. A olhar ao espelho e a sentir carinho em vez de repulsa. É também um livro prático, com exercícios tão úteis como aprender a limpar o Instagram de perfis tóxicos, cheios de imagens manipuladas, de vidas e corpos perfeitos. E é também a história da Catarina, que passou por tanto e viveu para contar e para abraçar todos os que sofrem.

 

 

Em O Olhar da Medusa, de Natalie Haynes, esta é a história de como uma jovem se tornou um monstro. E de como nunca foi, realmente, um monstro.

Única mortal numa família de deuses, Medusa é a mais nova das três Górgonas. Ao contrário das irmãs, envelhece, passa por mudanças, possui fraquezas. A mortalidade traz-lhe um sentimento de urgência e curiosidade que a família nunca conhecerá. Mas a sua vida, tranquila até aí, é subitamente devastada por Posídon, que a viola no templo de Atena. E a deusa, por sua vez, furiosa com a violação do seu espaço sagrado, decide vingar-se - contra Medusa.

Punida pela luxúria de Posídon, Medusa vê-se transformada para sempre: em vez de cabelo, serpentes, e o seu olhar torna todas as criaturas vivas em pedra. Amaldiçoada com o poder de destruir tudo o que ama com um mero olhar, nada lhe resta senão uma vida de solidão. Isto, até Perseu embarcar numa demanda em busca da cabeça de uma Górgona...

Aprofundando as origens de um conto mítico, Natalie Haynes revitaliza e reconstrói, com paixão e inteligência, a vida de Medusa, uma das primeiras histórias em que uma mulher é vítima da violência às mãos de um homem poderoso e, ainda assim, culpada, punida e tornada monstruosa, falando-nos ao coração com vigor e sentido inabalável de justiça.

 

A TopSeller lançou este livro a 6 de março.

 

 

Ainda neste dia, a Elsinore lançou Internato, de Serhij Zhadan. 

Uma viagem de sobrevivência numa cidade do leste da Ucrânia transformada em palco de guerra.

Um jovem professor procura trazer para casa o seu sobrinho de treze anos que se encontra num internato. Terá para isso de cruzar a cidade. Uma aventura perigosa de ida e volta, que durará um dia inteiro. A cidade está transformada num cenário de guerra e a escola um dos seus epicentros.

Com uma arte narrativa, descrita pela crítica como Jazz verbal, que transforma palavras em poderosas imagens, Zhadan descreve com rigor e inesperada poesia como a guerra transforma uma paisagem outrora familiar numa realidade apocalíptica, onde a destruição e o medo imperam.

 

 

A 9 de março, a Porto Editora publicou Coração do Guerreiro do Sol, continuação de Filha da Deusa da Lua, de Sue Lynn Tan. 

Depois de conquistar a liberdade da mãe ao Imperador Celestial, Xingyin é feliz na tranquilidade do seu lar. Mas a paz que vive é frágil e ameaçada pela descoberta de uma estranha magia na lua bem como algumas mudanças inquietantes no Reino Celestial.
Obrigada a fugir uma vez mais de casa, Xingyin e os seus companheiros atrevem-se pelas terras inexploradas do Reino Imortal, encontrando criaturas lendárias e monarcas astutos, amigos queridos e adversários terríveis.
O reino corre perigo, e Xingyin terá de encontrar a verdade dentro de si e escolher as alianças certas, para poder lançar-se contra este mal, antes que destrua o mundo que aprendeu a amar… mesmo que o preço a pagar seja demasiado elevado.

 

 

A Porto Editora, no mesmo dia, também lançou O Fantasma da Ópera, de Gaston Leroux. 

Clássicos Hoje é uma coleção inspirada por toda a luz antiga e moderna: nela cabem as maiores obras da literatura de todos os tempos, ilustradas por grandes nomes da arte contemporânea.

O Fantasma da Ópera

Ópera de Paris, século XIX. Um fantasma habita os subterrâneos, assombra o teatro e dá orientações de encenação aos diretores. Poderia ser uma comédia, se o amor por Christine não o transformasse numa sombra cadavérica que o leva a cometer os mais horrendos atos.

 

 

De seguida, temos O Olhar Mais Azul, de Toni Morrison, que foi publicado pela Editorial Presença a 15 de março.

O romance de estreia de Toni Morrison, agora publicado pela primeira vez em Portugal, leva-nos até ao Ohio da década de 1940, mas é, ampla e surpreendentemente, mais atual do que nunca.

Pequena, pobre, desprezada e negra - aliás, a que tem a pele mais escura de toda a escola -, assim é Pecola. Todas as noites, Pecola reza para ter apenas uma coisa: olhos azuis, como as raparigas brancas privilegiadas, como as bonecas de brincar, como as atrizes dos filmes.

O sonho de Pecola, que cresce no Ohio dos anos 1940, não encontra espaço para se realizar, e o olhar que o mundo tem sobre ela e que Pecola tem sobre o mundo está longe de poder mudar. Porém, o desejo da primeira protagonista de Toni Morrison é o corolário de algo mais fundo, visceral, maior.

No seu livro de estreia, a vencedora do Prémio Nobel da Literatura parte da história de Pecola para explorar temas como o conceito de beleza imposto, a voz truncada das mulheres, a ascensão social viciada ou a infância demasiado cedo perdida. com a elegância e a subtileza a que nos habituou, Toni Morrison assina um romance em que a voz de uma criança negra ecoa, poderosa e inalterada, no século XXI.

 

 

A Manuscrito Editora, no mesmo dia, lançou Crónicas de Enigma: Os Inúteis, de Maria Francesca Macedo. 

Este livro é uma armadilha.
Podes dar por ti a desvendar códigos,
A descobrir segredos e a resolver enigmas.
Se gostas de desafios e não resistes
A uma boa aventura, este livro é para ti.

Um dia, Arthur construiu um baloiço com madeira. Numa terra distante, Alice atreveu-se a dar asas à imaginação e inventou uma história. Num universo controlado por uma Ordem que proíbe o pensamento e a criatividade, e onde não há espaço para sonhos ou perguntas, isto é imperdoável. Agora, só há uma coisa a fazer: fugir.

Numa aventura que vai fazer Arthur e Alice questionarem as regras que foram obrigados a seguir toda a vida, os seus caminhos acabam por cruzar-se. Enquanto procuram a sobrevivência, os dois jovens encontram misteriosas mensagens com símbolos estranhos que vão tentar desvendar, na esperança de que nelas esteja a resposta para a liberdade. Mas não vai ser fácil, sobretudo com a patrulha implacável que está atrás deles.

Conseguirão eles decifrar os enigmas escondidos nas mensagens a tempo de escaparem à captura? Haverá mais vida além daquela que conhecem? Para chegarem a estas respostas, eles contam contigo: vais ter de os ajudar a descodificar os símbolos que encontras ao longo deste primeiro volume das Crónicas de Enigma. Não há tempo a perder. Pega num papel e caneta e começa a tomar notas. O Arthur e a Alice precisam de ti!

 

 

A seguir, temos Mar Alto, de Caleb Azumah Nelson. 

Dois jovens conhecem-se num bar, em Londres. Ambos são afrodescendentes britânicos, ambos receberam bolsas de estudo para escolas particulares às quais tentam pertencer. E ambos são agora artistas — ele, fotógrafo; ela, dançarina. Querem deixar as suas marcas num mundo que, à vez, tanto parece celebrá-los como rejeitá-los.

Apaixonam-se, de forma terna e cautelosa, contudo cedo começam a sentir que, mesmo parecendo destinados a ficar juntos, podem ser separados pelo medo e pela violência, perturbados por forças muito para lá daquelas que podem controlar.

Mar Alto é uma dolorosamente bela história de amor, uma visão poderosa sobre conceitos de raça e género. Com uma deslumbrante intensidade e tremenda inteligência emocional, Caleb Azumah Nelson oferece um relato profundamente sensível do amor e de tudo o que o alimenta.

 

Foi publicado pela Infinito Particular a 16 de março.

 

 

 

E, finalmente, temos uma antologia romântica de Ali Hazelwood. Em Odeio Amar-teAli Hazelwood está de volta com uma entusiasmante coleção de três histórias STEMinistas protagonizadas por engenheiras... e os seus ódios de estimação.

Mara, Sadie e Hannah são, em primeiro lugar, amigas. Mas são também cientistas. Ainda que os seus campos de estudo possam conduzi-las a diferentes lugares, as três concordam com uma verdade universal: quando se trata de amor e ciência, os opostos atraem-se e os rivais deixam-te em chamas...

Debaixo do mesmo teto
Mara, uma engenheira ambiental, vê-se forçada a partilhar uma casa com um colega infernal (um detestável advogado, mas bastante atraente...), e descobre que cientistas nunca deveriam ser obrigados a fazer partilhas que desequilibrem os ecossistemas. Sobretudo se a companhia tem o irritante hábito de mexer na temperatura da casa ou de petiscar comida que não lhe pertence.

Presa a ti
Sadie sabe perfeitamente que as engenheiras civis devem, entre outras coisas, construir pontes. Como uma mulher das STEM, também sabe que as variáveis podem mudar bastante. Quando fica presa durante horas num elevador com um homem que já lhe partiu o coração, talvez se sinta no direito de mandar uma ponte abaixo.

Abaixo de zero
Hannah, uma engenheira aeroespacial da NASA, está ferida e presa numa remota estação científica no Ártico. Mas a única pessoa que parece disponível para ir salvá-la é Ian, o seu rival de sempre, o homem que tentou arruinar-lhe a carreira. Por que razão lhe parece a presença dele tão perigosa quanto a tempestade que se aproxima?

 

 

 

Termino, assim, a publicação de hoje. O que acham das novidades de março?

 

Wishlist: Fevereiro de 2023 (Portugal)

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A publicação de hoje é sobre os livros que foram lançados em fevereiro.

 

Primeiro, temos Chamem-me Cassandra, de Marcial Gala. Rauli é um menino de dez anos que adivinha o futuro e se sente como uma mulher que nasceu no corpo de um homem. Uma história de iniciação sobre a Cuba dos anos 70, durante a guerra em Angola.

Como Cassandra (filha dos reis de Troia, irmã de Heitor e Páris, sacerdotisa de Apolo), Rauli tem o dom da profecia e a maldição de ninguém acreditar nele. É um rapazinho de compleição clara e delicada, quase feminina, dado à contemplação e ávido leitor dos clássicos. Nasceu no corpo errado e prevê o futuro: desde cedo sabe que irá combater em Angola e que morrerá trespassado por balas e pela homofobia.

Entre a infância e a adolescência, o romance trata da busca pela identidade num contexto hostil, além de testemunhar o colapso do sonho do «homem novo» e da utopia internacionalista. Lírico e histórico ao mesmo tempo, Chamem-me Cassandra reconstrói o quotidiano da Cuba dos anos 70, com um olhar amoroso pelas suas personagens e uma grande capacidade de ligar o mito clássico e as figuras da guerra de Troia ao enredo da guerra de Angola. Um romance de iniciação e identidade que cativa desde as primeiras páginas.

A Quetzal Editores lançou o livro a 2 de fevereiro.

 

 

No mesmo dia, a Alma dos Livros publicou O Gato que Sobreviveu, de Gwen Cooper. A última coisa que Gwen queria era ter mais preocupações. Já tinha dois gatos, um emprego miserável e o coração partido. Foi então que a veterinária dos seus gatos lhe telefonou a partilhar a história de um gatinho cego abandonado com apenas três semanas de vida. Gwen não conseguiu evitar comover-se com o relato e tomou a decisão imediata de acolher o novo gatinho.

Foi amor à primeira vista. Todos a alertaram que o seu gato Homero (assim batizado em homenagem ao poeta cego homónimo, autor de Odisseia) seria sempre medroso e desajeitado, mas o gatinho em que ninguém acreditava cresceu rapidamente até se tornar um dínamo de três quilogramas com um coração gigante que criava laços de amizade com cada pessoa que se cruzasse no seu caminho.

A lealdade inabalável de Homero, a sua capacidade ilimitada de amar e o seu entusiasmo por superar obstáculos transformaram a vida de Gwen e inspiraram-na a seguir os seus sonhos. Mais tarde, quando conheceu o amor da sua vida, percebeu que Homero lhe tinha ensinado a lição mais valiosa de todas: o verdadeiro amor é invisível aos olhos.

O Gato Que Sobreviveu é uma história de superação, autoconhecimento e transformação capaz de nos emocionar e fazer compreender que, para conseguirmos o que queremos da vida, muitas vezes precisamos de dar um salto no escuro, confiar nos nossos instintos e acreditar que, tal como os gatos, cairemos sempre de pé.

 

 

Também neste dia, foi lançado Os Meus Dias na Livraria Morisaki, de Satoshi Yagisawa. Esta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.

Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.

Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.

É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão.

 

 

A mesma editora, no mesmo dia, também lançou Os Jogos da Herança - O Herdeiro Perdido, o segundo livro da trilogia de mistério de Jennifer Lynn Barnes. Os Jogos da Herança ficaram em suspenso, depois das descobertas bombásticas no final do primeiro livro. Agora, Avery quer resolver o mistério e só tem um objetivo: encontrar o homem que pode ter respostas para todas as suas perguntas, incluindo por que razão Tobias Hawthorne lhe deixou a sua fortuna, em vez de a destinar às filhas e aos netos.

No meio de muitas pistas, uma coisa salta à vista: a relação de Avery com a família pode ser bem mais próxima e profunda do que alguma vez imaginou. À medida que a tensão cresce e a solução para o mistério parece mais difícil de alcançar, Grayson e Jameson, os netos supermagnéticos - e não menos enigmáticos - de Hawthorne não param de baralhar Avery, cada um a puxar para o seu lado… tanto no jogo, como nos domínios ainda mais estranhos do coração.

Avery tem diante de si adversários que não vão descansar enquanto não a virem fora de cena. E não resta alternativa: Avery e os netos de Hawthorne terão de mudar as estratégias de jogo se quiserem mesmo saber mais sobre o herdeiro perdido e tudo o que ele pode ter para revelar.

Preparem-se para mais uma leitura eletrizante. Agora, Avery percebeu que está em jogo mais do que poder e dinheiro. Agora, está em risco a sua própria vida.

 

 

A seguir, temos Escola para Boas Mães, de Jessamine Chan. Frida Liu está exausta. Depois de ser abandonada pelo marido com uma filha pequena, vê-se obrigada a conciliar o trabalho a tempo parcial com a educação da pequena Harriet. Mas por mais que ame a filha e por muito que se esforce, nada parece ser suficiente. E tudo piora quando Frida tem um dia muito mau e se vê obrigada a deixar a menina sozinha em casa por algumas horas.

O Estado tem vigiado mães como Frida: mulheres que deixam os filhos sem supervisão, que se distraem com outros afazeres enquanto as crianças brincam, que cometem erros. Depois do que aconteceu, Frida perde a guarda de Harriet e é inserida num programa de reabilitação que visa formar mulheres para se tornarem boas mães.

Perante o risco de perder Harriet para sempre, Frida tem de provar que consegue corresponder aos padrões de exigência da Escola para Boas Mães - que consegue aprender a ser boa, mesmo quando o julgamento parece injusto e o sucesso parece impossível.

A Suma de Letras publicou este livro a 6 de fevereiro.

 

 

Depois, temos A Pirâmide Vermelha, de Rick Riordan. Desde a morte da mãe, Carter e Sadie tornaram-se quase estranhos. Enquanto Sadie viveu com os avós em Londres, o seu irmão viajou pelo mundo com o pai, o brilhante egiptólogo Dr. Julius Kane.

Uma noite, o Dr. Kane decide reunir os irmãos e pôr em prática um plano secreto no Museu Britânico. A experiência corre tão mal que uma explosão faz rebentar a Pedra de Roseta e liberta Set, o terrível deus egípcio do caos.

Com o pai votado ao esquecimento, Carter e Sadie Kane são forçados a fugir para salvar as suas vidas e embarcam numa perigosa aventura pelo mundo – uma busca que os aproxima cada vez mais da verdade sobre a sua família e dos seus vínculos ao tempo dos faraós.

Quem disse que os faraós e os deuses egípcios pertencem ao passado?

Conseguirão os irmãos Kane enfrentar as forças míticas do Antigo Egito  e salvar o mundo da destruição?

Foi lançado pela Nuvem de Tinta a 6 de fevereiro.

 

 

Também neste dia, a Companhia das Letras publicou Via Ápia, de Geovani Martins. Cinco jovens, um batalhão da polícia, bailes funk, drogas, paixões, amizades, dramas, sonhos e uma infinita pulsão de vida: eis os ingredientes de um livro que mostra, sem pudor e sem pena, o quotidiano de quem vive na incógnita do futuro.

Quando a polícia invade a Rocinha para instalar uma Unidade Pacificadora, os jovens Murilo, Douglas, Biel, Washington e Wesley veem a vida virada do avesso. O acontecimento central do primeiro romance de Geovani Martins declina-se numa trama engenhosa, avançando ao ritmo de capítulos curtos que revelam ao leitor as perspetivas cruzadas dos protagonistas — e que exibem igualmente a mestria deste escritor na reinvenção da língua, na construção dos diálogos, na urdidura da história.

Depois de O sol na cabeça — livro de estreia que granjeou ao autor o epíteto de «ponta-de-lança da literatura brasileira» e que teve uma impressionante repercussão internacional —, chega Via Ápia, romance duro e muito necessário, através do qual temos acesso privilegiado a uma realidade quase sempre fora de todos os radares.

 

 

A 7 de fevereiro, a Gailivro lançou As Mulheres Impiedosas, a continuação de As Mulheres Douradas, de Namina Forna. 

A poderosa sequela da história de Deka, a rapariga de 16 anos que tem o poder de reconstruir o seu mundo – ou de o destruir!
Passaram-se 6 meses desde que Deka libertou as deusas no antigo reino de Otera e descobriu quem ela realmente é… a guerra está a ser travada em todo o império, mas a verdadeira batalha está apenas a começar, pois uma força das trevas – um poder impiedoso – está a crescer, e Deka e o seu exército devem pará-lo.
No entanto, segredos ocultos destruíram tudo o que Deka conhecia e com os seus próprios dons a mudarem, ela tem de perceber se tem a chave para salvar Otera… ou se é a sua maior ameaça.
 
 
 
 
 
A seguir, temos O Amor Não Morreu, de Ashley Poston. Florence Day é a escritora-fantasma de uma das mais amadas autoras de romances cor-de-rosa, e tem um problema – após uma separação dolorosa, deixou de acreditar no amor.
Quando o seu novo editor, um homem organizado e meticuloso (e demasiado bonito para ser verdadeiro), se recusa a adiar novamente o prazo de entrega do próximo livro, Florence prepara-se para dizer adeus à carreira. Mas é então que recebe uma terrível notícia e tem de fazer algo que anda a evitar há uma década: regressar a casa para o funeral do pai. Não é que Florence não queira rever a família, que adora – é que voltar a Mairmont significa ter de lidar com fantasmas. Literalmente.
Mortinha por voltar o mais depressa possível para Nova Iorque, Florence vê de novo os seus planos descarrilar, quando, à porta da funerária da família, encontra, em vez do fantasma do pai, o espetro do seu editor. Tão irritantemente bonito como sempre… e claramente morto.
Entre cumprir as últimas (e peculiares) vontades do pai e ajudar o editor a pôr em ordem os seus assuntos inacabados, Florence começa a reencontrar não só o prazer da escrita como a alegria de viver, ao ponto de começar a questionar tudo o que sabe sobre histórias de amor. Mesmo sob sete palmos de terra, haverá ainda esperança num «felizes para sempre»? Será que, afinal, o amor não morreu?
 
A Porto Editora publicou este romance a 9 de fevereiro.
 
 
 
 
 
A mesma editora, no mesmo dia, lançou Anatomia: Uma História de Amor, de Dana Schwartz. Hazel e Jack são dois jovens curiosos e sonhadores, que se cruzam em circunstâncias bizarras, na conservadora sociedade de Edimburgo.
Hazel é aristocrata e foi educada para encontrar um bom marido, mas o seu sonho é ser médica. Por isso, veste-se de homem e frequenta as cobiçadas aulas de anatomia do Dr. Beecham, até ser banida, quando todos percebem que é mulher.
Jack não tem um teto sobre a cabeça, mal ganha para comer, e sobrevive desenterrando corpos para a Sociedade Real de Anatomistas de Edimburgo. Um negócio lucrativo, mas muito perigoso, sobretudo quando alguns dos seus amigos começam a desaparecer misteriosamente.
Os caminhos de Hazel e Jack cruzam-se, inevitavelmente. Os dois terão de trabalhar juntos para revelarem os segredos enterrados no coração da sociedade de Edimburgo. E, pelo caminho, descobrirão os que se escondem nos seus próprios corações.
 
 
 

 

A seguir, apresento-vos Os Nossos Fins Violentos, a conclusão de Esses Prazeres Violentos, de Chloe Gong. 

O ano é 1927 e Xangai está à beira da revolução.
Juliette Cai tem tudo a perder. Uma decisão errada pode custar-‑lhe muito mais do que a vida. Depois de sacrificar a felicidade para salvar a vida de Roma, a única coisa que lhe resta é o Gangue Escarlate. Mas o primo está a posicionar-se para lhe usurpar o lugar como herdeira legítima e ela está disposta a tudo para impedir que isso aconteça.
Por causa de Juliette, Roma perdeu as únicas duas pessoas em que podia confiar. O assassinato de Marshall e o subsequente silêncio de Benedikt deixaram marcas profundas, e Roma sabe que a culpa é sua por a ter deixado entrar novamente nas suas vidas. Está determinado a corrigir a situação – mesmo que isso signifique matar a única mulher que alguma vez amou.
Mas um novo monstro surge na cidade e Juliette sabe que precisa de Roma para acabar com a ameaça de uma vez por todas. Xangai já está em ponto de ebulição: os nacionalistas estão em marcha, os rumores de guerra civil intensificam-se, e o poder dos gangues enfrenta aniquilação completa. Roma e Juliette têm de pôr de lado as suas diferenças para combater monstros e posicionar os gangues, mas não estão preparados para a maior ameaça de todas: proteger os seus corações um do outro.
Os Nossos Fins Violentos é a magnífica conclusão de uma série emocionalmente devastadora.
 
Foi lançado pela Quinta Essência a 14 de fevereiro.
 
 
 
 
 
 
A 15 de fevereiro, a Manuscrito lançou As Coisas que Faltam, de Rita da Nova. Quando tinha oito anos, Ana Luís pediu pela primeira vez para conhecer o pai. Era muito comum a mãe dizer-lhe que não a tudo - não, não podia ir para casa das colegas porque tinha de estudar; não, não podia comer gelados porque eram só gelo e açúcar. De todas as respostas negativas que estava habituada a receber, porém, aquela foi a que doeu mais.

Ana Luís cresce a sentir que lhe falta algo e que não pertence a lado nenhum. A convivência com a mãe, uma mulher fria e dominadora, aprisiona-a num lugar solitário.

É na figura do pai que deposita todas as suas esperanças: ele é a peça do puzzle que falta e, quando o conhecer, a sua vida vai finalmente fazer sentido e sentir-se-á completa.

AS COISAS QUE FALTAM, o tão aguardado romance de estreia de Rita da Nova, traz-nos a história de uma mulher à procura do seu lugar no mundo.

Numa trama de densidade emocional crescente, a autora explora com destreza a complexidade da identidade humana, a importância do círculo familiar e as histórias que se repetem, às vezes de geração em geração.

 

 

A seguir, temos Os Seis Grous, de Elizabeth Lim. Uma princesa exilada, um dragão metamorfo, seis grous enfeitiçados e uma maldição indescritível...

Shiori’anma, a única princesa do Reino de Kiata, esconde um segredo: há magia proibida a correr-lhe nas veias. Normalmente, consegue esconder os seus poderes, mas na manhã da cerimónia do seu casamento, Shiori perde o controlo. A princípio, o seu erro surge como um golpe de sorte, adiando o casamento que nunca desejou.

Porém, também capta a atenção da sua madrasta feiticeira que bane Shiori do reino, transformando os seus irmãos em grous e confinando-a ao anonimato e ao silêncio: por cada palavra que escapar dos lábios da princesa, um dos seus irmãos morrerá.

Sozinha, sem voz e desamparada, Shiori deverá quebrar o feitiço da madrasta e salvar os irmãos para poder regressar a casa. Porém, acaba por descobrir uma conspiração sombria contra o trono de Kiata e apenas ela poderá restabelecer a ordem no reino, mas para isso terá de depositar a sua confiança no próprio rapaz com quem tanto lutou para não se casar. E deverá abraçar a magia que aprendeu a renunciar a sua vida inteira, custe o que custar.

Os Seis Grous é o primeiro volume da aguardada duologia de Elizabeth Lim, que nos transporta para um universo fantástico detalhadamente construído, inspirado em contos populares aclamados, como Os Cisnes Selvagens e Cinderela, e que resgata elementos da mitologia asiática.

 

Foi publicado pela Desrotina a 16 de fevereiro.

 

 

A mesma chancela, no mesmo dia, também lançou Rádio Silêncio, de Alice Oseman. E se tudo aquilo que te preparaste para ser estiver, afinal, estiver errado?


Frances Janvier é uma máquina a estudar, uma aluna exemplar. Presa na pressão de entrar numa universidade de elite que ela mesma se impôs, prefere não lidar com o passado ou com quem é de verdade.
Quando conhece Aled Last, o rapaz tímido e inteligente responsável pelo podcast de ficção científica que secretamente adora, Frances sente, pela primeira vez, que pode ser quem verdadeiramente é.
E então a confiança entre os dois é quebrada. Presa entre quem era e quem deseja ser, os sonhos de Frances parecem estar a ser destruídos aos poucos.
Frances descobre que precisa de ser ela mesma para encontrar a felicidade. Porém, sermos nós mesmos exige coragem.

Uma obra YA que aborda questões de identidade, pressão para ter sucesso, diversidade e liberdade de escolha, Rádio Silêncio é uma tour de force da escritora mais importante da atualidade.

 

 

Em Nora Foge ao Guião, de Annabel Monaghan, Nora Hamilton conhece a fórmula do amor melhor do que ninguém, ou não fosse ela uma argumentista de filmes românticos com finais felizes. Mas, quando o marido a deixa, ela transforma o seu casamento desastroso no melhor guião da sua vida e vende-o para uma adaptação cinematográfica. O local escolhido para as filmagens não podia ser mais real — a sua própria casa centenária — mas o elenco é de sonho, com Leo Vance, em tempos eleito o Homem Mais Sexy do Mundo, a desempenhar o papel principal.

E é ele quem faz a Nora a mais inusitada proposta: Leo está disposto a pagar uma fortuna por dia a Nora para passar uma semana de férias na sua casa. Parece o acordo ideal. Ele está necessitado de alguma paz de espírito na sua vida; ela precisa do dinheiro para fazer face às despesas.

Só que estes sete dias tanto podem passar num instante como transformar-se numa eternidade, dependendo do que vier a acontecer. Sete dias são tempo suficiente para alguém se apaixonar. Ou ficar de coração partido.

 

A TopSeller publicou este romance a 20 de fevereiro.

 

 

A mesma chancela, também no dia 20, lançou Quebra-Corações, de Sarah MacLean. Uma Ladra Tentadora
Nascida e criada entre os mais famosos criminosos de Londres, Adelaide Frampton vê-se subitamente, por um acaso do destino, nos esplendorosos salões de Mayfair, onde se faz passar por jovem tímida - de tal modo discreta e desinteressante que ninguém se apercebe de que ela é, na verdade, a Quebra-Casamentos… Recorrendo às suas habilidades exímias de ladra, ajuda noivas hesitantes a evitarem o altar.

Um Duque Poderoso
Henry, Duque de Clayborn, passou a sua vida a almejar a perfeição. Não tem tempo ou paciência para as intrigas que parecem fascinar toda a corte sempre que um noivado falha ou algo de inesperado acontece. a sua reputação é intocável e a última coisa de que precisa é de uma mulher a tentar desenterrar a verdade sobre o seu passado e os segredos que ele tanto procura esconder.

Uma União Perfeita
Quando ambos se veem juntos numa demanda alucinante pela Grã-Bretanha com o intuito de impedirem um casamento, torna-se impossível para Henry resistir aos encantos daquela mulher que não cessa de o enfurecer… e apaixonar.

 

 

A Topseller, ainda no dia 20, publicou Como o Rei de Elfhame Aprendeu a Odiar Histórias, de Holly Black. Antes de ser um príncipe cruel e um rei perverso, Cardan era mimado, sim, mas inocente. Porém, devido às intrigas da corte de Elfhame, o seu coração endureceu, transformando-o no vilão que todos adoram odiar. Eventos traumáticos tornaram Cardan o soberano arrogante e disruptivo que, juntamente com a sua rainha humana, Jude, trouxe o mundo das fadas a uma nova era.

Nesta aventura, Cardan reencontra uma criatura do seu passado, cujas ardilosas histórias o marcariam para toda a vida como um presságio. Porque os vilões são os melhores contadores de histórias. e as histórias cruelmente contadas criam vilões inigualáveis.

A partir da perspetiva única de Cardan, os leitores da saga O Príncipe Cruel vão regressar a Elfhame, deliciando-se com ilustrações riquíssimas deste mundo das fadas que tanto encanta como consome.

 

 

A Edições Asa, a 21 de fevereiro, publicou Guncle - As Regras do Tio, de Steven Rowley. Patrick O’Hara já foi uma exuberante estrela de televisão. Hoje em dia, mantém a exuberância mas prefere o isolamento da sua casa em Palm Springs. Embora viva como um ermita, Patrick tem a sua lista de pessoas preferidas e entre elas estão Maisie e Grant. São crianças adoráveis, em doses moderadas, é claro, e desde que não interfiram com o seu sossego. Mas a morte de Sara, a sua melhor amiga e mãe dos pequenos, vai obrigá-lo a assumir o papel de guardião de ambos… e é assim que tudo começa. Não, na verdade, é assim que tudo continua. O início deu-se muito anos antes, quando Patrick e Sara se conheceram na faculdade. "A nossa amizade começou na escuridão. Mas a vossa mãe? Sempre foi a minha luz."

Como vai Patrick, ele próprio a fazer o luto pela sua grande amiga, ajudar Maisie e Grant? Ele, o esquivo tio gay que adora passar os seus dias de cafetã a beber cocktails junto à piscina e não está habituado a falar com crianças (preferindo lançar-lhes citações de Oscar Wilde).

Com a ajuda de um peculiar conjunto de regras, alguns amigos intrometidos e um terramoto, Patrick vai descobrir que o papel de protetor lhe assenta melhor do que imaginava. E tal como Maisie e Grant acabarão por descobrir (e nós com eles), há uma maneira certa e uma maneira errada de contar uma história, e esta merece um Óscar.

 

 

Por fim, temos Ainda Bem que a Minha Mãe Morreu, um livro de memórias de Jennette McCurdy. Jennette McCurdy tinha seis anos quando fez a sua primeira audição. A mãe queria torná-la uma estrela e ela não a queria desiludir, por isso sujeitou-se às restrições calóricas e a vários makeovers caseiros, entre ralhetes do tipo: "Não vês que as tuas pestanas são invisíveis? Achas que a Dakota Fanning não pinta as dela?" Até aos 16 anos era a mãe que lhe dava banho e tinha de partilhar com ela os diários, o e-mail e todo o dinheiro que recebia.

Em Ainda Bem que a Minha Mãe Morreu, Jennette narra tudo em detalhe - e conta o que aconteceu quando o sonho se realizou. ao integrar o elenco de iCarly, uma série da Nickelodeon, é projetada para a fama. Enquanto a mãe anda nas nuvens, Jennette mergulha numa espiral de ansiedade e falta de amor próprio, que se manifesta em distúrbios alimentares, vícios e relações tóxicas.

Os problemas agravam-se quando, depois de entrar na série Sam & Cat (juntamente com Ariana Grande), a mãe morre de cancro. Seriam precisos anos de terapia, e abandonar os palcos, para a atriz recuperar e decidir, pela primeira vez, fazer o que queria.

Este livro, pontuado de humor negro, conta na primeira pessoa esse trajeto, traduzindo-se numa história inspiradora sobre resiliência, independência… e o prazer de lavar o próprio cabelo sem ajuda.

 

Foi lançado pela Lua de Papel a 28 de fevereiro.

 

 

 

E aqui estão alguns dos livros que foram publicados em Portugal em fevereiro deste ano! Já compraram algum destes?