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A Biblioteca da Daniela

A Biblioteca da Daniela

A Batalha das Capas Onde Crescem os Limoeiros, de

 

 

Pela primeira vez, participei num clube de leitura do Bookstagram português. Tem como nome "Agora é que te leio" e foi criado pela Lara, da página zon_aliteraria. O seu clube conta com muitos livros e anfitriões divididos em grupos no WhatsApp todos os meses. Em setembro, decidi participar em dois grupos, e o de Onde Crescem os Limoeiros, de Zoulfa Katouh, foi um deles. Deste modo, decidi que esta Batalha das Capas seria dedicada a este livro!

 

Sinopse: "Uma história de amor e perda.

Um país em plena revolução. Quanto estamos dispostos a pagar por aquilo em que acreditamos?

Quando os gritos pela liberdade se começam a ouvir na Síria, Salama está a estudar Farmácia. Por esses dias, ainda tem consigo os pais e o irmão mais velho, e há até um rapaz com quem se irá encontrar para falar de casamento.

Porém, de repente, a guerra civil instala-se no país e Salama vê-se no meio de um hospital onde cada vez mais pessoas chegam a precisar de ajuda. Agora voluntária, a jovem de 18 anos sente que o seu coração está como Homs, a cidade onde nasceu: destruído. Os pais e o irmão morreram. Só lhe resta Layla, a sua cunhada grávida, que quer tanto proteger.

Sair do país parece ser a solução, mas Salama está tão ligada àquelas pessoas, à sua terra, onde, mais do que uma guerra, acontece uma revolução pela qual é preciso - e vale a pena - lutar. E Kenan, o rapaz de 19 anos que acaba de ali chegar, com os sonhos desfeitos e disposto a mostrar ao mundo o que se passa, pode ser mais uma grande razão para ­ficar. Porque a esperança é como os limoeiros em Homs: há-os em cada casa, em flor, e por mais que os tentem destruir, continuarão sempre a crescer."

 

Comecemos pela capa portuguesa, que é a mesma da edição britânica.

Ilustração: David Curtis.

 

Capa maravilhosa! Mostra não só um dos grandes aspetos do livro, que é a relação amorosa entre Salama e Kenan, mas também conta com elementos da cultura síria. Além disso, o facto de o casal estar debaixo do limoeiro faz-me pensar numa mensagem de esperança. A árvore costuma ser o símbolo da vida. Para os sírios, o limoeiro é praticamente o símbolo da vida, da esperança, da perseverança deste povo. Uma capa muito bonita e bem conseguida.

 

A capa seguinte é da edição americana.

Ilustração: Sarah Baldwin.

 

Não é muito diferente da capa anterior, mas é interessante ver as decisões de cada editora sobre como captar a atenção do seu público-alvo. A editora britânica achou por bem colocar um casal na capa, enquanto a americana não fez isso. Continua a ser uma capa lindíssima e adorei como incorporaram o título na ilustração.

 

Depois, temos a capa alemã.

Designer: Frauke Schneider

Não sendo uma capa feia, parece-me que é uma capa que poderá ficar facilmente perdida entre outras numa livraria. Mas gosto do jogo entre as cores quentes e as frias, assim como a presença das silhuetas do casal. Colocaram, ainda, pássaros, talvez simbolizando a viagem, algo que é muito falado neste livro numa perspetiva dos refugiados de guerra.

 

 

 

Depois, temos a capa da Indonésia. Não só tem um estilo muito próprio e bonito, como mantém, e bem, a essência das primeiras capas do livro. Também gosto de como faz lembrar azulejos. Pelo menos, faz-me pensar nas pinturas nos azulejos. 

 

 

A seguir, temos a capa italiana. Para mim, é a capa mais fraca e menos original. Não me diz nada sobre o livro, a não ser o facto de dar-nos a entender que tem alguma coisa a ver com uma personagem muçulmana. Mesmo assim, ainda colocaram os limoeiros. Não percebo a ideia de colocar um pequeno elemento decorativo na parte inferior da capa. Fica sem fazer grande sentido tendo em conta o caráter realista da fotografia. De qualquer forma, não é a pior capa alguma vez atribuída a um livro. Simplesmente, penso que poderiam ter feito mais e melhor.

 

 

 

E, finalmente, temos a capa da Sérvia. Não sei se gosto muito do estilo de ilustração da árvore, mas os restantes detalhes são muito bonitos. É mais uma capa que mantém a essência das primeiras, havendo, ainda, algo novo ao mesmo tempo.

 

 

E, para mim, a capa vencedora é... A capa portuguesa/britânica! Mas a capa da Indonésia ocupa, de forma esplêndida, o segundo lugar do pódio.

Quanto à que menos gostei, escolho a italiana.

 

Qual destas capas gostam mais?

 

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