Já tinham saudades de uma boa batalha de capas? Hoje, várias edições de Três Coroas Negras, de Kendare Blake, irão lutar, mas apenas uma poderá ser a vencedora!
Escolhi analisar as capas deste livro porque a tradução portuguesa do quarto e último livro desta coleção foi lançado em abril pela Porto Editora. Abaixo, deixo a sinopse do primeiro livro, pois será importante para perceber os elementos que cada capa tem. É a sinopse oficial portuguesa e foi retirada do site da Bertrand:
Três rainhas negras,
Fruto da mesma terra.
Três gémeas meigas,
Agora entrarão em guerra.
Três irmãs negras –
Quais delas não se adivinha –
Mas duas terão de morrer:
Só uma será rainha.
A CADA GERAÇÃO, NA OBSCURA ILHA DE FENNBIRN, NASCEM TRÊS IRMÃS GÉMEAS.
Três rainhas herdeiras de um só trono, cada uma possuindo um poder mágico muito cobiçado. Mirabella é capaz de inflamar o incêndio mais violento ou a tempestade mais terrível. Katharine consegue ingerir um veneno mortal sem sentir os seus efeitos. De Arsinoe diz-se capaz de fazer florir a rosa mais vermelha e controlar o leão mais feroz.
Mas para uma delas ser coroada rainha, não basta ter a linhagem certa. As trigémeas terão de conquistar o seu direito à coroa, lutando por ele… até à morte.
Na noite em que as irmãs completam 16 anos, a batalha começa. E a rainha que sobreviver, conquistará a coroa!
O bestseller do New York Times finalmente em Portugal.
Comecemos pela capa original. Nesta capa de fundo preto, vemos três coroas completamente diferentes. Cada uma delas representa uma irmã. A primeira representa Arsinoe, tendo em conta que tem um aspeto floral e possui elementos naturais. A segunda coroa é a de Mirabella, que consegue praticar magia com 4 elementos naturais. Por fim, temos a coroa de Katharine, que tem uma cobra como animal de estimação.
Para além de nos apresentar de forma imediata as personagens principais, também é uma capa que explica logo que o livro pertence ao género da Fantasia. As coroas são muito bonitas e as suas cores contrastam bem com o fundo escuro. É uma capa bem conseguida que mostra como é importante valorizarmos os detalhes e que não é necessário haver exageros para ter uma boa capa.
Capa americana/original: Quill Tree Books. |
A seguir, temos a capa portuguesa, que, por acaso, é como a capa da edição alemã, mas com um fundo diferente. Só temos uma coroa na capa, mas a própria coroa e os detalhes que a rodeiam também são representativos das personagens principais. É possível ver os ursos (Arsinoe), a cobra (Katharine) e os cavalos poderão representar Mirabella.
A capa é bonita e os detalhes são magníficos e dignos de um livro de Fantasia, mas será que se destacaria entre todos os outros livros deste género dispostos nas estantes? O fundo branco funcionaria melhor, como podemos ver abaixo.
Capa portuguesa: Porto Editora. |
O fundo branco da edição alemã dá mais destaque à coroa e à restante decoração da capa. Espero que o autocolante vermelho não seja daqueles que fazem mesmo parte da capa. Se não der para remover o autocolante, é uma pena. Estraga uma capa muito bonita.
Capa alemã: Penhaligon. |
Agora, apresento-vos a capa da Indonésia. Apesar das cores muito bonitas na água, penso que é uma capa pobre e que não mostra bem a essência da história. Fazer a água parecer-se com uma coroa é uma ideia interessante, mas esta coroa não tem nada a ver com as protagonistas. Além disso, a capa está demasiado simples e, se não fosse o título, acho que muitos leitores iriam olhar para ela e pensar que o livro era ficção contemporânea e não de Fantasia.
Capa da Indonésia: Puspa Populer. |
A seguir, temos a capa chinesa. É muito diferente das outras, pois optaram por uma ilustração que mostra as irmãs e os seus respetivos poderes. De facto, fizeram um bom trabalho em mostrar o que cada uma é e acho interessante o facto de terem realçado as cores dos seus poderes. Ainda assim, não posso dizer que adoro esta capa. Gosto, mas apenas isso.
Capa chinesa: 臉譜. |
Na capa da edição da Pérsia, devem ter seguido o raciocínio da editora chinesa. Em vez de fazerem mais do mesmo, isto é, dar um grande foco a coroas, esta editora também decidiu ter uma capa ilustrada. Também segue a mesma lógica da capa chinesa ao terem as irmãs presentes na capa a mostrar os seus poderes. Penso que prefiro esta ilustração. Só mudava o fundo. Seria melhor se tivessem escolhido um fundo mais natural e não tão iluminado.
Capa da Pérsia: Baazh. |
Por fim, temos a capa da Sérvia. É uma capa horrorosa. Não gosto do aspeto das coroas. São demasiado simplórias e são muito comuns tendo em conta outros livros cujas capas também ostentam coroas. Deveriam ter feito como as capas anteriores, ou seja, deveriam ter incluído os poderes das personagens. Não percebo a existência das manchas amarelas no topo da capa. Não fazem nada ali, não acrescentam nada à capa. Foi uma tentativa fraca de não terem uma capa demasiado escura.
Capa da Sérvia: Publik Praktikum. |
E a capa vencedora é... A capa da Pérsia. A ilustração é muito bonita e tenho pena apenas do fundo. As irmãs poderiam, talvez, estar à frente de um trono, por exemplo. Percebo que tenham escolhido um fundo claro para a capa não ser demasiado escura, mas acho que poderiam ter feito outra coisa. De resto, é uma boa ilustração. A grande derrotada é a capa da Sérvia. A da Indonésia não é nada de especial e não é capaz de mostrar a essência da história, mas as cores salvam-na. A capa da Sérvia não é bonita, na minha opinião.
Qual é a vossa capa favorita?
Até breve!