Para quem não se lembra, criei há uns tempos uma espécie de rubrica onde iria escrever opiniões mais pequenas de livros que não gostei tanto quanto queria ou sobre os quais não tenho muito a dizer. A rubrica chama-se Formigas Literárias precisamente devido ao tamanho das opiniões e baseia-se em poucos parágrafos curtos sobre dois ou três livros.
Na publicação de hoje, pretendo falar sobre Dias de Sangue e Glória, de Laini Taylor, Coraline, de Neil Gaiman, e Hollow City, de Ransom Riggs.
Em Dias de Sangue e Glória, acompanhamos Karou, que finalmente sabe quem foi e quem é. Depois de se ter apaixonado pelo inimigo e ter sido traída, acaba num castelo de areia onde irá tentar recriar o universo do seu passado e fazer regressar as quimeras. Mas não consegue esquecer-se de Akiva, que também não consegue deixar Karou ir.
Este é o segundo livro de uma trilogia de Fantasia, Daughter of Smoke and Bone. O primeiro livro foi uma leitura magnífica e que me deixou entusiasmada o tempo todo. Contudo, não posso dizer o mesmo quanto a este segundo volume. Foi uma leitura parada e monótona. Além disso, tínhamos mais do mesmo relativamente às personagens. Tem algumas partes interessantes, como os processos pelos quais Karou passa para realizar a sua magia. Fora isso, não foi tão estupendo e viciante como o primeiro. Apesar disso, o estilo de escrita continua impecável e poético, sendo um dos pontos fortes da autora.
Este é o segundo livro de uma trilogia de Fantasia, Daughter of Smoke and Bone. O primeiro livro foi uma leitura magnífica e que me deixou entusiasmada o tempo todo. Contudo, não posso dizer o mesmo quanto a este segundo volume. Foi uma leitura parada e monótona. Além disso, tínhamos mais do mesmo relativamente às personagens. Tem algumas partes interessantes, como os processos pelos quais Karou passa para realizar a sua magia. Fora isso, não foi tão estupendo e viciante como o primeiro. Apesar disso, o estilo de escrita continua impecável e poético, sendo um dos pontos fortes da autora.
3/5 estrelas
Sinopse original. |
A seguir, temos Coraline, de Neil Gaiman. Coraline é um livro infantojuvenil, mas, nos últimos anos, tem sido lido principalmente por adultos. Tem como protagonista Coraline, uma menina que, um dia, decide investigar uma porta misteriosa da sua casa nova. É assim que ela descobre uma passagem secreta que tem como destino uma casa exatamente igual à sua, mas, ainda assim, também muito diferente.
No outro lado da porta, ela vê coisas muito estranhas, como anjos flutuantes, livros com imagens que se contorcem e pais que são exatamente como os seus! No início, eram simpáticos, mas, entretanto, revelam ser capazes de até aprisionar os verdadeiros pais de Coraline num espelho. Conseguirá ela salvá-los e regressar ao mundo real?
Li-o no outono de 2019 e, de facto, foi uma boa leitura outonal. Tem os seus traços estranhos e arrepiantes, sendo adequado para o Halloween. Gostei das mensagens do livro e da forma como elas foram exploradas neste livro. Vemos uma Coraline que deseja uma vida diferente, mas quando ela tem, de facto, uma vida diferente, ela pensa em voltar para a sua verdadeira vida e estar com a sua família verdadeira. Portanto, até que ponto os nossos desejos e sonhos poderão ser melhores do que a nossa realidade?
As ilustrações que acompanham a edição que tenho combinam bem com a história, pois são igualmente estranhas e têm uma aura assustadora.
A escrita do autor é simples e é ideal para o público mais jovem, sendo envolvente e simples.
Não tenho muito mais a dizer. Vi o filme primeiro, mas há muitos anos. Acho que este é um dos poucos casos em que o filme executou melhor a ideia do que o livro, que é o material original da ideia. Talvez seja por isso que não tenha gostado tanto do livro, embora tenha as suas qualidades. Recomendo este livro como uma leitura digna do Dia das Bruxas.
3.5/5 estrelas
Edição que eu li. Sinopse da edição portuguesa. |
Hollow City, de Ransom Riggs, é o último livro desta edição de Formigas Literárias. É o segundo livro da coleção Crianças Peculiares da Senhora Peregrine. Se ainda não leram, pelo menos, o primeiro volume e têm interesse na sua leitura, será melhor não lerem esta opinião.
Jacob Portman queria encontrar respostas para a morte misteriosa do avô e foi assim que foi parar ao Lar da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares. Todavia, lá, só encontrou mais mistérios, como um lar cheio de crianças com poderes sobrenaturais que estão à guarda da senhora Peregrine, que as protege das criaturas perigosas que parecem determinadas a exterminá-las.
O lar é destruído e a senhora Peregrine fica em perigo. Jacob, que descobriu que também tem poderes, junta-se aos seus novos amigos para tentarem salvá-la. Mas ele encontra-se numa Londres que vive na Segunda Guerra Mundial e as ruas não são nada seguras para crianças que se encontram sozinhas... Jacob e os amigos terão de enfrentar desafios inimagináveis para se salvarem.
É verdade que já li este livro há dois anos, mas, infelizmente, não me lembro nada sobre ele. Só sei que achei o primeiro livro melhor do que este. A atmosfera misteriosa e nublada do primeiro volume mantém-se neste livro, bem como o uso perfeito das fotografias vintage, fotografias essas que fazem com que a história tenha uma carga real, embora, claro, seja tudo fictício. Mas acho que não há mais nada que se tenha destacado ou que tenha sido completamente diferente do livro anterior. De qualquer forma, é também uma boa leitura outonal.
3/5 estrelas
Sinopse original. |
Por agora, é tudo. Até breve!