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A Biblioteca da Daniela

A Biblioteca da Daniela

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As Formigas Literárias vão continuar a ser opiniões pequenas, mas vão passar a consistir em, basicamente, quatro alíneas:

  1. Qualidade da escrita;
  2. Desenvolvimento do enredo;
  3. Nível da leitura;
  4. Personagens.

Tendo em conta que são leituras que foram realizadas há, pelo menos, dois anos, já não me recordo de muitos detalhes, mas tenho algumas ideias vagas das leituras em si e penso que estas alíneas, que encontrei no Pinterest, poderão ser boas orientações nestas Formigas. A partir de agora, farei estas opiniões desta forma.

 

As Formigas Literárias de hoje são sobre dois livros YA que li em 2020.

 

Four Dead Queens, de Astrid Scholte, é um romance de Fantasia YA que, entretanto, a Gailivro publicou em Portugal. O seu título é A Morte de Quatro Rainhas. "Keralie Corrington tem apenas dezassete anos e parece inofensiva mas, na verdade, é uma mentirosa e uma das ladras mais habilidosas de Quadara. Varin, por outro lado, é um cidadão ín­tegro da região mais desenvolvida de Quadara, Eonia. Os dois conhecem-se quando ela lhe rouba um objeto muito importante, colocando a vida dele em perigo. Ao tentar recuperar o que lhe foi roubado, Varin e Keralie veem-se envolvidos numa conspi­ração que matou as quatro rainhas de Quadara.

Sem alternativas e a fugir do ex-patrão de Keralie, ambos percebem que a melhor opção é unirem-se para descobrir o as­sassino e salvar as suas próprias vidas, no entanto, a aproxima­ção é perigosa e um romance floresce.

Keralie e Varin são obrigados a superar os seus segredos mais sombrios na esperança de terem um imprevisível futuro juntos, mas primeiro precisam de permanecer vivos e descobrir a razão por detrás da morte das quatro rainhas da nação".

 

  1. Qualidade da escrita: Estamos perante um livro que mistura Ficção Científica com Fantasia e, assim sendo, poderíamos ter uma escrita muito pesada e extremamente detalhada, mas não é esse o caso. Na realidade, é leve e simples, mas é pena que não se destaque dentro do género, ou seja, que não seja suficientemente brilhante. Ainda assim, como primeiro livro desta autora, dá para ver que tem muito potencial.

  2. Desenvolvimento do enredo: Ocorre de forma um pouco lenta, principalmente a meio. Os últimos capítulos contêm a intensidade que o livro merecia ter tido como um todo. O melhor ficou para o fim, o que foi uma pena, pois a leitura estava a ser aborrecida a meio. A autora deveria ter criado alguns momentos mais explosivos nos capítulos do meio para tornar a leitura mais equilibrada.

  3. Nível da leitura: É um bom pontapé de saída para quem não tem experiência no mundo da literatura da Fantasia, pois não é fortemente detalhada, mas é suficientemente rica na construção do mundo e das personagens para manter o leitor minimamente interessado (apesar, como disse, do enredo morno).

  4. Personagens: É muito comum os livros de Fantasia terem um elenco enorme, mas não é exatamente o caso deste romance, se bem que não deixa de ter um leque curioso. Ainda assim, Keralie, Varin e as Rainhas poderiam ter sido personagens mais complexas, se bem quegostei mais de conhecer as Rainhas do que Keralie e Varin. De qualquer modo, a autora atribuiu um plot twist fenomenal à Keralie. Foi, sem dúvida alguma, um dos pontos mais fortes do livro.

 

Classificação: 3 de 5 estrelas.

 

Bertrand;
Wook.

 

 

 

 

"Serenatas românticas, beijos à chuva e declarações de amor épicas... Isto só acontece nos filmes!

A Audrey não quer saber de amor nem de paixões piegas. A vida dela já tem drama que chegue! Para fugir ao caos que se instalou em casa, ela arranja um trabalho no cinema local, sem imaginar que é precisamente aqui que vai encontrar um drama chamado Harry.

O Harry é um aspirante a realizador de cinema e encaixa em todos os clichês lamechas dos grandes romances. Rosas vermelhas, velas e charme de bad boy, ele vai tentar de tudo para conquistar a descrente Audrey. Mas, por favor, poupem-na! É bem sabido que o amor da vida real não é como nos filmes, certo? Ou talvez a Audrey se surpreenda...

Isto Só Acontece nos Filmes recebeu excelentes críticas e é um romance sobre romance, um grito feminista aos estereótipos impostos às jovens raparigas e uma leitura absolutamente hilariante."

 

  1. Qualidade da escrita: Não é marcante, mas entretém e fará as delícias aos jovens leitores que ainda não sentem um grande amor pela leitura. É uma escrita simples e perfeita para adolescentes.
  2. Desenvolvimento do enredo. Desenvolve-se com naturalidade e sem pressas, apesar de ter certos vazios. Acho que ainda tinha mais espaço para, por exemplo, desenvolver mais personagens como o Harry e, ainda, outras questões da vida da protagonista. Apesar disso, é um enredo que entrega bem outras coisas que promete, como a desconstrução de clichés dos filmes românticos e a exploração dos estereótipos incutidos nas mentes das raparigas, principalmente quanto às questões amorosas e sexuais.

  3. Nível da leitura: Um YA que foi, de facto, escrito para os adolescentes, mas que também serve como uma porta entreaberta para os adultos sobre as mentes jovens e como os problemas dos adultos afetam os mais novos. Aconselhado para quem procura por um romance contemporâneo YA que, realmente, quebra os clichés do universo YA.

  4. Personagens: Audrey é uma personagem complexa e interessante de se acompanhar por ser complexa e humanamente imperfeita e realista. Infelizmente, não me recordo muito bem das restantes personagens, a não ser o facto de achar que o Harry deveria ter tido uma construção mais sofisticada e elaborada.

Classifcação: 4 de 5 estrelas.

 

Isto Só Acontece Nos FilmesBertrand;
Wook.

 

O que acharam destas Formigas Literárias? Já leram estes livros? Se sim, o que acharam destas leituras?