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A Biblioteca da Daniela

A Biblioteca da Daniela

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Já tinha feito uma publicação onde associei músicas do álbum mais recente da Taylor Swift a livros. Decidi fazer uma publicação nestes moldes e, para isso, escolhi o novo álbum da Olivia Rodrigo, Guts!

 

Tal como fiz quanto ao álbum da Taylor Swift, as combinações que faço, por vezes, dependem apenas de alguns versos das canções. Aviso, ainda, que não estão aqui incluídas algumas canções do álbum. Agora, sem mais demoras, passemos para a primeira canção do álbum da Olivia Rodrigo.

 

 

 

"All-American Bitch"

"I don't get angry when I'm pissed
I'm the eternal optimist
I scream inside to deal with it, like: Ah
Like: Aah"

Lembrei-me de The Love Con, de Seressia Glass. Através da protagonista, a autora explora algo que é uma realidade para muitas mulheres negras, neste caso para as que trabalham no mundo da televisão: Elas são praticamente forçadas a esconder as suas emoções mais negativas e fortes porque, se as mostrarem, serão consideradas violentas, caindo, muitas vezes, na ideia racista de mulheres selvagens. Portanto, penso que estes versos fazem um certo sentido com este livro.

Sinopse: Neste romance contemporâneo adulto, às vezes, Kenya Davenport acha que foi trocada no hospital – de que outra forma uma amante de anime, jogos e cosplay poderia vir de pais STEM? Ainda assim, Kenya sonha em poder transformar o seu hobby criativo numa carreira. Ela finalmente tem uma oportunidade quando se junta ao reality show competitivo Cosplay or No Way. Há apenas um problema: o desafio final é sobre pares icónicos e os jurados querem que os parceiros dos participantes sejam incluídos no desafio. Kenya está solteira, mas, felizmente, o seu melhor amigo, Cameron Lassiter, concorda em ser o seu namorado falso para o programa. Interpretar um casal apaixonado irá forçá-los a explorar o que estão a esconder sob a máscara da amizade. Poderão Kenya e Cam fingir até ao fim, ou será que ela vai ser sincera quanto aos seus sentimentos, mesmo sabendo que isso pode custar-lhe o melhor amigo?

Lembrei-me deste livro porque, através da protagonista, a autora explora algo que é uma realidade para muitas mulheres negras, neste caso as que trabalham no mundo da televisão: Elas sentem necessidade de esconder as suas emoções mais negativas e fortes porque, se as mostrarem, serão consideradas violentas, caindo, muitas vezes, na ideia racista de mulheres selvagens. Portanto, penso que estes versos fazem um certo sentido com este livro.

 

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"Bad idea right?":

"Oh, yes, I know that he's my ex
Can't two people reconnect?
The biggest lie I ever said
I just tripped and fell into his bed"

Escolhi A Maldição do Ex, de Erin Sterling, pois é um livro sobre um ex-casal que está num ambiente de tensão sexual sempre que estão juntos a tentar resolver a maldição da cidade.

Sinopse: Há nove anos, Vivienne Jones tratou do seu coração partido como qualquer jovem bruxa faria: com vodca, banhos de espuma… e amaldiçoando o namorado. Era uma brincadeira, algo feito para durar um dia ou dois. Mas quando Rhys Penhallow, descendente dos fundadores da cidade, destruidor de corações e irritantemente lindo como sempre foi, regressa a Graves Glen, para o festival anual de outono, tudo se torna um desastre. Vivi percebe que o seu pequeno feitiço pode não ter sido assim tão inofensivo. E, além da maldição, precisa ainda de resolver a enorme atração que sente por Rhys…

 

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"Vampire"

"I used to think I was smart
But you made me look so naive
The way you sold me for parts
As you sunk your teeth into me, oh
Bloodsucker, famefucker
Bleedin' me dry like a goddamn vampire"

Lembrei-me de Sadie, de Courtney Summers. É um livro sobre predadores sexuais e pedofilia. Esta canção explora muito a situação de abuso de confiança e de poder, bem como relações tóxicas. Por isso, associei Sadie a esta canção.

Sinopse: "Uma rapariga desaparecida em busca de vingança.
Uma investigação alucinante transmitida em podcast.
Um final de cortar a respiração!

O radialista West McCray é contactado por uma desconhecida que lhe lança um apelo: localizar uma rapariga de 19 anos chamada Sadie Hunter. Uma história a que ele dá pouca importância, afinal, o desaparecimento de uma rapariga nada tem de insólito.

Só que Sadie não é uma fugitiva qualquer. Sofrendo de gaguez, abandonada pela mãe, vê o seu mundo desmoronar quando a irmã mais nova é brutalmente assassinada e a polícia mostra-se incapaz de encontrar o culpado. Quererá Sadie fazer justiça com as próprias mãos?

Perante o turbilhão de perguntas sem resposta, West fica obcecado com o caso e inicia um podcast inteiramente dedicado à investigação. O jornalista ruma à cidade natal de Sadie, para seguir de perto o rasto da jovem e desvendar este mistério antes que seja tarde demais. Cada pista revela uma verdade absolutamente chocante…"

 

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"Ballad of a homeschooled girl"

"Cat got my tongue
And I don't think I get along with anyone
Blood running cold
I'm on the outside of the greatest inside joke
And I hate all my clothes
Feels like my skin doesn't fit right over my bones
So I guess I should go
The party's done, and I'm no fun, I know, I know
I know, I know"

Lembrei-me logo de Pessoas Normais, de Sally Rooney, por causa de Marianne, uma das personagens principais do livro. Ela sente-se uma forasteira durante uma boa parte do livro. Ou até mesmo no livro todo, mesmo quando, na universidade, já é mais sociável e tem, supostamente, mais amigos. Estes versos condizem muito com a sua essência.

Sinopse: "Connell e Marianne cresceram na mesma pequena cidade da Irlanda, mas as semelhanças acabam aqui. Na escola, Connell é popular e bem-visto por todos, enquanto Marianne é uma solitária que aprendeu com dolorosas experiências a manter-se à margem dos colegas. Quando têm uma animada conversa na cozinha de Marianne — difícil, mas eletrizante —, as suas vidas começam a mudar.

Pessoas Normais é uma história de fascínio, amizade e amor mútuos, que acompanha a vida de um casal que tenta separar-se mas que acaba por entender que não o consegue fazer. Mostra-nos como é complicado mudar o que somos. E, com uma sensibilidade espantosa, revela-nos o modo como aprendemos sobre sexo e poder, desejo de magoar e ser magoado, de amar e ser amado."

 

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"Making the bed"

"Push away all the people who know me the best
But it's me who's been making the bed
I'm so tired of being the girl that I am
Every good thing has turned into something I dread
And I'm playing the victim so well in my head
But it's me who's been making the bed"

Faz-me lembrar um pouco Chiamaka, uma das personagens principais de Ás de Espadas, de Faridah Àbíké-Íyímídé. É uma protagonista fascinante precisamente por não ser perfeita. É uma das personagens mais interessantes da literatura Young Adult, na minha opinião.

Sinopse: "Quando dois alunos da elitista escola privada Niveus, Devon Richards e Chiamaka Adebayo, são selecionados para fazer parte dos delegados de turma, parece que o seu ano está a começar da melhor maneira. Afinal, não só fica ótimo no currículo para a faculdade, como os coloca oficialmente na corrida para orador de final de ano.
Porém, logo após o anúncio ser feito, alguém intitulado Ases começa a enviar mensagens de texto anónimas para revelar segredos sobre os dois que viram as suas vidas de cabeça para baixo e ameaçam os seus futuros cuidadosamente planeados.
O Ases não dá sinais de querer parar, e o que parecia uma brincadeira doentia, rapidamente se transforma num jogo perigoso, com todas as cartas contra eles. Serão Devon e Chiamaka capazes de pará-lo antes que as coisas se tornem incrivelmente mortais?

O primeiro livro de Faridah Àbíké-Íyímídé é da mais pura atualidade: está repleto de camadas, de sexualidade, de homofobia, de racismo institucionalizado, de ódio, de supremacias, porém também de coragem, de amor pelas pessoas, pelas causas. Ás de Espadas é um trunfo no jogo das nossas mentalidades."

 

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"Get Him Back"

"I wanna get him back
I wanna make him really jealous, wanna make him feel bad
Oh, I wanna get him back
'Cause then again I really miss him and it makes me real sad
Oh, I want sweet revenge and I want him again
I want to get him back, back, back"

Para esta canção, escolhi O Príncipe Cruel, de Holly Black, por ter uma relação de amor-ódio profundo e complexo. Estes versos condizem muito com o que Jude sente quanto a Cardan.

Sinopse: "Passaram dez anos desde que Jude e as irmãs foram raptadas pelo assassino dos seus pais e levadas para Faerie — o reino das fadas. Jude sente um verdadeiro fascínio pela beleza destes seres mágicos e imortais, mesmo sabendo que também são malévolos e impiedosos, e continua a sonhar em pertencer a este mundo encantado.

Mas o povo das fadas despreza mortais e, para se tornar cavaleira e receber um lugar na Corte, Jude tem de arriscar a sua mortalidade e desafiar o príncipe Cardan, o filho mais novo e mais cruel do Rei Altíssimo. O príncipe odeia Jude e tudo fará para se ver livre dela. Tudo!

É então que Jude se envolve nas intrigas e atividades de espionagem do palácio, acabando por descobrir o seu próprio talento para derramar sangue. E quando o seu sonho está prestes a tornar-se realidade, o destino de Faerie fica por um fio, obrigando Jude a fazer uma inesperada e perigosa aliança para salvar as irmãs e o reino que tanto a rejeita.

As fadas não são de confiança,
Mesmo quando dizem a verdade…"

 

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"The Grudge" 

"And I doubt you ever think about
The damage that you did
But I hold onto every detail like my life depends on it
My undying love, now I hold it like a grudge
And I hear your voice every time that I think I'm not enough"

Estes versos fizeram-me pensar em Heartstopper e na relação tóxica que Charlie teve antes de conhecer e apaixonar-se por Nick.

Sinopse: "O primeiro volume da saga best-seller mundial, premiada com o Goodreads Choice Awards 2020 para melhor banda desenhada

Charlie e Nick estão na mesma escola, mas nunca se conheceram... até ao dia em que são obrigados a sentar-se lado a lado. Eles rapidamente se tornam amigos, e Charlie começa a apaixonar-se por Nick, embora ache que não tenha qualquer oportunidade.
Mas o amor funciona de maneiras surpreendentes e, por vezes, coisas boas estão mesmo ao nosso lado...

Este é o primeiro volume de Heartstopper, a banda desenhada premiada (Goodreads Choice Awards 2020) de Alice Oseman."

 

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"Teenage Dream"

"They all say that it gets better
It gets better the more you grow
Yeah, they all say that it gets better
It gets better, but what if I don't?
Oh, they all say that it gets better
It gets better the more you grow
Yeah, they all say that it gets better
It gets better, but what if I don't?"

Em The Poet X, de Elizabeth Acevedo, Xiomara vive imensas experiências típicas da adolescência, juntando, ainda a elas, racismo, misoginia e culpa religiosa. Ela pensa muito na vida e, em certos momentos, parece não ter esperança em algo melhor. Mas, depois, as palavras ajudam-na a tentar perceber a vida.

 

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O que acharam desta publicação baseada no novo álbum de Olivia Rodrigo?

 

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