E cá estou eu para falar de maio, o mês mais vazio de sempre! Digo isto, porque não li nada e apenas comprei um livro, o que nem sequer foi mencionado no blogue devido à reta final universitária. Como estou prestes a terminar as aulas, vou atualizar o estado das minhas leituras e vou mostrar-vos a única compra literária do mês passado.
As minhas leituras de maio basearam-se principalmente em páginas e mais páginas de teoria para eu poder realizar os meus elementos de avaliação. Também li as primeiras 80 páginas do Vale Abraão, de Agustina Bessa-Luís (um romance pós-modernista que foi analisado nas aulas), mas tive que deixar de parte O Primo Basílio, de Eça de Queirós. Apesar de não ter terminado as leituras a tempo para poder fazer as frequências/testes, tive boas notas, pois as perguntas de análise focavam-se em episódios estudados nas aulas.
Concluindo, tenho dois livros para acabar de ler em junho.
Em relação a aquisições, o único livro que comprei no mês passado foi Sombras de Paixão, de Elizabeth Adler. Sim, mais um desta autora, mas comprei este livro, porque sei que está garantido uma leitura com uma escrita leve repleta de descrições bonitas de lugares fabulosos. Parece ser uma leitura ideal para as férias de verão, não acham?
Sinopse retirada do site da Bertrand:
Apenas com a sua beleza exótica, inocência sedutora, orgulho e espírito impetuoso, Léonie veio da França rural para encontrar o seu futuro em Paris. Da vergonha dos cabarés ela ascende à fama internacional cantando com sentimento sobre o amor e a saudade. De Paris à Cote d'Azur, de Nova Iorque ao Brasil, de Cuba ao Cairo, Léonie move-se num deslumbrante mundo de dinheiro, paixão e poder - um mundo onde ela semeia tempestades de desejo e paixões.
O poderoso Duc de Courmont irá dar-lhe tudo exceto amor...
Maroc não conseguiu protegê-la dela própria…
Charles vai pagar caro alguns momentos de felicidade roubados…
Jacques não conseguiu libertá-la das recordações e dos anseios…
Jim ofereceu-lhe um porto de abrigo, mas isso não bastou….
No entanto, nenhum deles conseguirá tocar uma parte da sua alma… exceto o homem que experimentou o seu ódio e a sua paixão…
Ontem, dia 29 de janeiro, saí para passear um pouco e cheguei a casa com três livros novos! Um deles já tinha sido mencionado aqui, pois é uma das leituras obrigatórias para o próximo semestre universitário. Já os outros dois despertaram a minha atenção no ano passado e, por isso, estavam na minha lista de futuras leituras.
Sinopse retirada do site da Bertrand:
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para a Formação de Adultos como sugestão de leitura.
«A recriação duma Bovary, destinada a servir de guião para um filme de Manuel de Oliveira, trouxe à Autora a necessidade de descobrir a natureza flaubertiana que concebeu Ema e a tomou como seu espelho: "A Bovary sou eu" - disse Gustave Flaubert, no auge da incriminação que pesou sobre a sua vida de romancista. De facto, Ema é Flaubert, e o romance é uma história de paixão que tem como adversária a mediocridade. Chabrol soube tocar essa realidade que ofusca todas as outras, ao dizer: "O ser humano é estúpido. O que salva Ema é que ela se bate." Ema bate-se contra a rede de pequenas e formidáveis misérias que se apertam em volta dela. Heroína provinciana das insatisfações típicas do ser humano.
Dirão os leitores que uma mulher como Ema não existe. Eu direi que sim. A beleza de Ema tornara-se tão evidente que causava uma espécie de paralisia. Aquilo que se não crítica desenvolve uma obediência capaz de, para encontrar saída, cair noutras reprovações.»
Já tinha tentado ler uma obra de Agustina Bessa-Luís no secundário. Não consegui terminar A Sibila, porque não estava a gostar da leitura. Agora, na Universidade, vamos lá ver se a escrita de Bessa-Luís vai finalmente conquistar a minha alma de leitora.
Ela era absolutamente normal. Não era bonita, mas também não era feia. Fazia as coisas sem entusiasmo de maior, mas também nunca reclamava. Deixava o marido viver a sua vida sem sobressaltos, como ele sempre gostara. Até ao dia em que teve um sonho terrível e decidiu tornar-se vegetariana. E esse seu ato de renúncia à carne - que, a princípio, ninguém aceitou ou compreendeu - acabou por desencadear reações extremadas da parte da sua família. Tão extremadas que mudaram radicalmente a vida a vários dos seus membros - o marido, o cunhado, a irmã e, claro, ela própria, que acabou internada numa instituição para doentes mentais. A violência do sonho aliada à violência do real só tornou as coisas piores; e então, além de querer ser vegetariana, ela quis ser puramente vegetal e transformar-se numa árvore. Talvez uma árvore sofra menos do que um ser humano.
Este é um livro admirável sobre sexo e violência - erótico, comovente, incrivelmente corajoso e provocador, original e poético. Segundo Ian McEwan, «um livro sobre loucura e sexo, que merece todo o sucesso que alcançou». Na Coreia do Sul, depois do anúncio do Man Booker International Prize, A Vegetariana vendeu mais de 600 000 exemplares. Aplaudido em todos os países onde está traduzido, é um best-seller internacional.
Han Kang, graças a este romance, recebeu o prémio de Man Booker International em 2016. A autora foi muito falada na altura em que foi galardoada e, assim, acabei por ler a sinopse. Pensei que deveria ler este livro. Quando chegou a Portugal, apareceram muitas opiniões acerca desta história e fiquei ainda mais curiosa. Parece ser um livro arrepiante.
Os seus alunos assassinaram a sua filha. Esta é a sua vingança.
Os seus alunos assassinaram a sua filha. Ela não quer justiça, só vingança.
Confissões é um romance narrado a várias vozes, magistralmente construído onde o suspense é mantido até o fim, quando as diferentes peças encaixam. Mas também é uma reflexão sobre o sistema educativo, os laços familiares, o comportamento humano, o amor e a vingança.
Quando foi lançado em Portugal, vi vários blogues divulgarem este livro. Numa dessas publicações, colocaram o trailer da adaptação cinematográfica do romance de Kanae Minato. Se já tinha ficado intrigada com a sinopse, fiquei ainda mais interessada depois de ver o trailer. Um outro motivo da compra deste livro foi por não ler muitos thrillers e quero explorar esse género este ano.
Aqui está o trailer, mas com legendas em inglês. Não consegui encontrar em português.