Prontos para mais uma parte das novidades de setembro?
Primeiro, temos A Viagem, de Agustina Guerrero. "Um fantástico romance gráfico sobre a viagem de duas amigas a Tóquio: uma muito nervosa e deprimida, a outra entusiástica e muito positiva. Uma abordagem graficamente divertida à forma como se consolida a amizade durante uma viagem e quais são os principais problemas das mulheres contemporâneas (os filhos, a solidão, o amor).
Estava tudo planeado. Só faltava fazer as malas e partir para o Japão. Reservas feitas, um guia com os locais a visitar e uma grande amiga. Nada podia correr mal e, porém, o que eu mais temia aconteceu: empreendi uma viagem mais profunda do que poderia imaginar, ao lugar mais recôndito de mim mesma. E fui muito mais longe do que alguma vez pensara. Por sorte, pelo caminho não perdi nem as minhas malas, nem a minha amiga Loly, nem o meu sentido de humor."
Foi publicado pela Dom Quixote a 19 de setembro.
A seguir, temos O Primeiro Livro do Diário de Sofia, de Marta Gomes e Nuno Bernardo. "Vinte anos depois, o primeiro livro da série bestseller o diário de sofia está de volta, numa edição especial comemorativa.
Sofia tem dezassete anos, e todos sabemos que esta é uma idade superdifícil. Com o início do 11.º ano, as coisas complicam-se ainda mais: desentendimentos com os pais, discussões com os irmãos, problemas com o namorado, testes e mais testes. Enfim, Sofia não tem mãos a medir e, muitas vezes, sente-se simplesmente baralhada.
Felizmente, conta com a ajuda das suas duas melhores amigas, Rita e Joana, e do seu diário. É com ele que Sofia partilha os seus segredos mais íntimos, desabafos e peripécias - porque nunca há um dia igual e estão sempre coisas a acontecer. É assim na vida de qualquer adolescente, não é verdade?
Vinte anos depois, O Primeiro Livro do Diário de Sofia, originalmente publicado pela Editorial Presença em 2003, está de volta. Um sucesso de vendas, com direito a doze volumes, um spinoff com as aventuras da Mariana, a irmã mais nova, e até uma série de televisão, as confidências de Sofia Afonso marcaram para sempre uma geração!
Agora, vai ser possível recordar todas as suas aventuras e desventuras e partilhá-las com os adolescentes de hoje!"
A Manuscrito lançou este livro a 20 de setembro.
Em As Sete Luas de Maali Almeida, de Shenan Karunatilaka, temos "uma história profundamente humana e original, ambientada no caos de uma guerra civil e narrada a partir de um ponto de vista incomum: Maali Almeida está morto e quer saber porquê.
As Sete Luas de Maali Almeida expõe verdades profundas e perturbadoras sem ceder ao sentimentalismo, numa narrativa marcada pelo sentido de humor e por uma indiscutível humanidade. Um romance audaz, original e caleidoscópico.
Maali Almeida, fotógrafo de guerra, jogador e homossexual não assumido, acordou morto naquilo que parece ser uma repartição pública celestial. O seu corpo desmembrado afunda-se nas águas serenas do lago Beira e Maali não faz ideia de quem o matou.
Num país onde as contas são ajustadas por esquadrões da morte, bombistas suicidas e assassinos contratados, a lista de suspeitos é tristemente longa. Mas até no além o tempo se esgota para Maali, que tem sete luas para contactar a mulher e o homem da sua vida e conduzi-los até às fotos que abalarão o país, e, pelo caminho, resolver o mistério da sua morte."
Foi publicado no mesmo dia pela Clube do Autor.
Neste dia, a Editorial Presença publicou E Só Ficaram Cinco, de Holly Jackson. "As férias chegaram, é primavera e seis amigos decidem fazer uma viagem juntos. Vão numa autocaravana e, de repente, no meio do nada, sem rede de telemóvel, há uma avaria e ficam parados. Mas isto parece tudo menos um acidente. Isto parece tudo menos por acaso.
Alguém os persegue.
Lá fora, há um atirador a vigiá-los. E mais: sabe perfeitamente quem eles são. Acontece que um dos seis amigos tem um segredo pelo qual aquele atirador está disposto a matar.
Enquanto o grupo tenta desesperadamente pedir ajuda, os segredos começam a vir à superfície e a tensão atinge níveis explosivos. Uma coisa é certa: nem todos sobreviverão àquela noite. Faltam oito horas para o sol nascer. E alguém terá de… morrer.
Depois do êxito mundial de O Homicídio Perfeito, Holly Jackson regressa com um thriller imperdível. Inspirem fundo, sustenham a respiração e… preparem-se para só parar na última página."
Ainda neste dia, a Editorial Presença lançou Eu Sou um Gato, de Natsume Soseki. "Quem melhor do que um gato para falar sobre pessoas?
A obra-prima de Soseki, autor de Kokoro, é um dos clássicos japoneses mais lidos em todo o mundo.
Tóquio, era Meiji. Na época que modernizou o Japão, um gato vagueia pelas ruas da cidade e é adotado, contra a sua vontade, pelo professor Kushami, um homem mal-humorado cuja vida perdeu todo o interesse. Protagonista do romance que imortalizou Soseki no panteão dos autores japoneses do século XX, o orgulhoso felino não se coíbe de observar todos os humanos - a começar pelo professor, que o acolheu - e tecer tão argutas quanto mordazes apreciações sobre as personagens que desfilam à sua volta, traçando, de bigodes revirados e unhas afiadas, um retrato sarcástico e acutilante da sociedade japonesa.
Recorrendo a teses e ideias de filósofos e escritores passados, e seus contemporâneos, em Eu Sou um Gato, Soseki revela aquela que considera ser a mudança necessária para o país que o viu nascer, propondo uma nova forma de pensar e escrever, sem nunca deixar, também, de olhar para o Ocidente."
O dia 21 deste mês também foi um dia cheio de novidades, como Mili, a Sereia do Lago, de Lucy Fleming. "Sabias que os lagos têm segredos? Se olhares com muita atenção, poderás ter a sorte de encontrar uma sereia do lago… como a Mili! Ela amava o seu lago e todos os que aí viviam. No entanto, sabendo que os lagos eram lugares vulneráveis, ela vivia preocupada em proteger os amigos dos muitos perigos à sua volta… uma preocupação que não parava de crescer. Pois, um dia, uma tempestade atinge mesmo o lago. Estará ela à altura? Não seria melhor pedir ajuda?"
Em Sob as Luzes do Amor, de B. K. Borison, "Stella conseguiu realizar um dos maiores sonhos da sua vida: comprar a Lovelight Farms, uma quinta de árvores de Natal, como a que visitava em criança, com a mãe. Afinal, o Natal é pura magia, e uma caneca de chocolate quente e luzes cintilantes é o quanto basta para fazer o mundo sorrir, mesmo no pior dos momentos.
Mas Stella rapidamente percebe que essa magia não chega para gerir as finanças deste negócio. E precisa urgentemente de um milagre. Talvez o concurso online da famosa influenciadora Evelyn St. James e a publicidade que promete gerar ajude.
Só há um problema: para aumentar as suas hipóteses de ganhar, Stella declara na candidatura que gere a romântica quinta com o namorado… que não tem e dava mesmo jeito ter, agora que é uma das finalistas!
Resta-lhe pedir ao melhor amigo, Luka, que seja o seu namorado a fingir por uma semana. E fingir, fingir muito que não está apaixonada por ele há 10 anos. E tentar, com muita força mesmo, não lhe cair nos braços e partir o coração em mil pedaços.
Era tão bom que Luka sentisse o mesmo…"
Foi publicado pela Singular, nova chancela da Porto Editora.
Esta chancela, também no dia 21, publicou Está tudo bem, a sério, de Monica Heisey. "O casamento de Maggie durou apenas 608 dias, mas isso não a afeta – está tudo bem, a sério. Claro, está sozinha pela primeira vez na vida, não consegue pagar a renda de casa e o seu obscuro doutoramento está encalhado há meses...
Mas, com 29 anos, Maggie está determinada a abraçar o seu novo estatuto de Divorciada Surpreendentemente JovemTM.
Livre de compromissos, tem agora tempo para se dedicar a todo o tipo de hobbies, para mergulhar no mundo dos encontros e para partilhar tudo e mais alguma coisa nas redes sociais. À medida que Maggie se lança de cabeça no caos do primeiro ano de divórcio, dá por si a questionar todos os aspetos da vida, incluindo: Porque é que as pessoas continuam casadas? Será que falhei ainda antes de ter começado? Quantos mais hambúrgueres entregues em casa às quatro da manhã preciso de comer até voltar a ser feliz?"
No dia 25, o grupo Penguin publicou uns quantos livros, como Um Lugar para Mungo, de Douglas Stuart. "Um impressionante retrato do quotidiano da classe trabalhadora nos subúrbios de uma grande cidade europeia, cenário onde germina a comovente e perigosa história do primeiro amor entre dois homens.
Nascidos em mundos diferentes, Mungo - protestante - e James - católico - habitam o ambiente hiper-masculino e violentamente sectário dos bairros sociais de Glasgow. Deveriam ser inimigos figadais, caso fossem encarados sequer como homens, mas tornam-se melhores amigos. À medida que se apaixonam um pelo outro, sonham em fugir daquela cidade cinzenta.
Não podem, contudo, esquecer-se de esconder a sua identidade de todos os que os rodeiam, especialmente de Hamish, irmão de Mungo e líder de um gangue local. Os dois rapazes vivem sob a constante ameaça da descoberta da verdade e do inominável castigo que se lhe seguiria.
Douglas Stuart infunde no quotidiano das suas personagens um notável lirismo, dando uma voz poderosa àqueles que raramente protagonizam histórias. Eis uma narrativa que questiona profundamente os limites da masculinidade, os grilhões da família, a violência social - e o perigo de se amar demasiado alguém."
Temos, ainda, Narrativa da Vida de Frederick Douglass, um Escravo Maericano e Outros Textos, de Frederick Douglass. "Nascido escravo, Frederick Douglass escapou em 1838 e tornou-se escritor, editor, um orador brilhante e defensor da abolição da escravatura. Publicado em 1845, Narrativa da Vida de Frederick Douglass, um Escravo Americano é um portentoso relato dos anos em cativeiro e da sua fuga, mas é sobretudo o testemunho de um espírito sagaz, sedento de conhecimento e de uma vontade inabalável de ser livre.
Além de uma defesa apaixonada da literacia e da educação, a Narrativa e os discursos aqui reunidos constituem documentos-chave para compreender os Estados Unidos da América no século XIX, expondo com lucidez as incongruências de um país que, mantendo parte da sua população agrilhoada, se proclama a nação da liberdade.
Figura central do movimento abolicionista, Frederick Douglass lutou com dedicação e coragem por uma vida livre e digna para todos os afro-americanos, construindo um legado cujas reverberações continuam a fazer-se sentir na atualidade."
Em Shy, de Max Porter, "Shy tem no seu currículo mais de onze chumbos e a expulsão de duas escolas. Agora está a fugir de Last Chance, o lar de acolhimento para «alguns dos mais perturbados e violentos jovens delinquentes» do país, a sua nova casa. Consigo leva apenas uma mochila carregada de pedras e o seu inseparável walkman.
É noite funda, o caminho é solitário e assombroso, momento propício para puxar a cassete da sua curta vida para trás e ouvir dentro da sua cabeça as vozes dos seus professores, as súplicas da sua mãe e de todas as pessoas que magoou sem saber porquê."
O último lançamento da Penguin que destaco tem como título Os Mistérios do Restaurante Kamogawa, da autoria de Hisashi Kashiwai. "Numa sossegada rua de Quioto, longe de olhares curiosos, existe um restaurante muito especial: gerido por Nagare Kamogawa e a sua filha, Koishi, o restaurante Kamogawa serve aos seus clientes deliciosas refeições que, de outro modo, só se encontrariam em estabelecimentos de luxo. Esse, no entanto, não é o único motivo para passar por lá…
Pai e filha são também detetives de comida: através das suas perspicazes investigações, são capazes de recriar pratos que os clientes provaram no passado, pratos esses que, tantas vezes, guardam a chave de memórias antigas. Do viúvo que persegue uma receita específica de udon que a sua mulher cozinhava, ao tonkatsu de um primeiro amor, as receitas perdidas que a dupla Kamogawa resgatam são mais do que uma ponte até ao passado: são a possibilidade de um futuro mais feliz."
Passemos, agora, para as novidades do grupo Leya, que foram publicadas ontem, dia 27 de setembro. Primeiro, temos Faça Chuva ou Faça Sol, de Rachel Lynn Solomon. "Quando era pequena, Ari Abrams sonhava em ser meteorologista. Ver a previsão do tempo no noticiário da noite era a sua maneira de lidar com os humores tempestuosos da mãe. Agora, Ari já não é uma criança, tem 27 anos e trabalha com a lendária meteorologista Torrance Hale. O seu sonho tornou-se real.
Ou assim pensava ela... na realidade, Torrance está demasiado distraída pela sua relação tempestuosa com Seth, o ex-marido e diretor do noticiário da estação onde trabalham, para dar a Ari a orientação que ela deseja. Ari, que vive do sol e do otimismo, está no seu limite. A única pessoa que parece compreender o que ela sente é o doce, mas reservado, repórter desportivo Russell Barringer.
Depois de Torrance e Seth causarem uma cena particularmente dramática na festa de fim de ano da estação, Ari e Russell elaboram um plano para transformar o ódio dos seus chefes em amor. Mas as suas bem-intencionadas intromissões saem-lhes pela culatra quando a verdadeira química se instala, sim, mas entre eles.
Trabalhar de perto com Russell permite a Ari conhecer partes de si mesma que mantém escondidas de toda a gente. Será que ele vai ser capaz de abraçar as suas nuvens negras e manter o céu limpo?"
A seguir, temos Lições de Grego, de Han Kang. "Esta é a história de um professor de Grego que está a perder a visão e de uma aluna que está a perder a voz. Ambos descobrem, porém, que existe uma dor ainda mais funda a uni-los: numa questão de meses, ela perdeu a mãe e a batalha pela custódia do filho; já ele ganhou o medo de perder a autonomia e o incómodo de, por ter crescido entre a Coreia do Sul e a Alemanha, estar sempre dividido entre duas culturas e duas línguas tão diferentes.
Lições de Grego fala de um homem e de uma mulher comuns que se conhecem num momento de angústia privada - a perspetiva da cegueira dele encontra-se com o silêncio dela. Mas são justamente estes handicaps que os atraem um para o outro, levando-os a encontrar uma saída da escuridão para a luz, do silêncio para a expressão.
Com uma estrutura em espiral e a sensibilidade a que Han Kang já nos habituou, o presente romance é como uma terna carta de amor à intimidade humana, um texto que desperta os nossos sentidos e reflete sobre a essência do que realmente significa estar vivo."
A última novidade da Leya incluída nesta lista é intitulada Abelhas e Trovoada ao Longe, de Riku Onda. "Numa cidade não muito distante de Tóquio, vai começar um dos mais importantes concursos de piano do mundo. Na sala enorme, os pianistas serão acolhidos pelo silêncio único que antecede os primeiros acordes. No final, haverá palmas. Mas não para todos. Aya procura no concurso uma hipótese de redenção. Menina-prodígio, calou os dedos no dia em que a mãe morreu. Ali reencontra Masuro, um miúdo com quem brincava quando era ainda criança - e que hoje é um pianista aclamado.
Entre os candidatos há dois que parecem pertencer a outra partitura. Akashi, casado, mais velho, é olhado com estranheza pelos restantes, na sua última tentativa de regressar à ribalta. E por fim há um rapazinho que ninguém conhece, tem 16 anos, é filho de um apicultor. Dizem que nunca teve um piano na vida, que foi acolhido por um professor mítico, que ao tocar nas teclas é como se falasse com Deus.
Durante duas semanas, vão enfrentar um júri feroz, um público expectante, os seus medos, o seu passado, tudo o que foram até chegarem ali.
Abelhas e Trovoada ao Longe é um livro mágico, musical, onde as palavras vibram como as cordas de um instrumento, tensas, hipnóticas. Somos embalados pelas texturas e sons até ao final em que nos apetece chorar, aplaudir.
Obra-prima de Riku Onda, famosa escritora japonesa, foi o único livro que até hoje conquistou no mesmo ano o Prémio dos Livreiros Japoneses e o Naomi Prize."
Agora, passemos para um grande marco da literatura infantojuvenil portuguesa que irá marcar o seu regresso no dia 28 de setembro. Em A Lua de Joana, de Maria Teresa Maia Gonzalez, "Lisboa, 28 de agosto
Faz hoje um mês que tu… Não sou ainda capaz de dizer a palavra.
Joana, treze anos, acaba de perder Marta, a sua melhor amiga, vítima de uma overdose… e agora? Joana não sabe como lidar com o acontecimento. Resolve então escrever-lhe, como se fosse um diário. Nele, Joana encontra um refúgio para as suas preocupações e ansiedade. Será suficiente? em casa reina o conforto material e uma família ausente. o que fazer? Não está ninguém em casa.
Um clássico da literatura juvenil, de Maria Teresa Maia Gonzalez, que aborda um tema que se mantém atual. Uma obra intemporal da autora, que interpreta magistralmente o universo dos adolescentes neste e nos seus inúmeros títulos publicados.
A Lua de Joana soma centenas de milhares de exemplares vendidos e está traduzido em várias línguas."
E, finalmente, temos Felix para Sempre, de Kacen Callender, que será publicado pela Desrotina Editora a 28 de setembro.
"Felix Love nunca se apaixonou — e sim, ele está plenamente consciente da ironia do seu apelido significar amor. Tudo o que ele desesperadamente quer é saber como é estar apaixonado e o porquê de parecer tão fácil para as outras pessoas encontrarem alguém. Embora tenha orgulho na sua identidade, Felix teme secretamente pertencer a demasiadas minorias — negro, queer e transgénero — para alguma vez conseguir o seu feliz para sempre.
Quando um estudante anónimo começa a enviar-lhe mensagens transfóbicas — depois de revelar o antigo nome de Felix e imagens dele antes da transição —, Felix planeia vingar-se. O que não previa era que este plano o levasse a um triângulo quase-amoroso...
Mas, ao navegar pelos seus sentimentos complicados, Felix inicia uma viagem de interrogação e autodescoberta que o ajuda a redefinir a sua relação mais importante: o que sente por si mesmo.
Felix para Sempre é uma história honesta e intrincada sobre identidade, apaixonarmo-nos e aceitarmos o amor que merecemos."
Desta forma, termino a segunda lista de setembro. É caso para dizer: os leitores ficaram mais pobres este mês, tão cheio de novidades para todos os gostos e idades!